Dois dias depois de ver a tentativa de contratar o atacante Leandro Damião ir por água abaixo, o presidente do Betis, Juan Carlos Ollero, anunciou nesta quarta-feira sua renuncia ao cargo. A frustrada negociação com o brasileiro, aliás, teria sido mais um motivo para que ele tomasse esta decisão.
De acordo com a imprensa espanhola, Ollero estaria insatisfeito com a divisão interna na diretoria do clube. Esta desagregação ficou evidente na negociação com Damião. Depois que o presidente e a direção esportiva do Betis chegaram a um acordo com o brasileiro, o conselho de administração vetou a assinatura do contrato, sem dar maiores explicações.
"Desde 21 de dezembro, eu sou presidente porque ninguém mais queria ser. Botei meu cargo à disposição do conselho na época por causa das razões que já foram publicadas e que não quero enumerar. Procurei governar o Betis e que o Betis se sentisse governado dentro das minhas possibilidades, não houve nenhum vácuo de poder, assumi todas minhas responsabilidades como presidente, incluindo algumas que me deram trabalho", disse Ollero.
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De acordo com o jornal Marca, o conselho do Betis vetou um acordo que levaria Damião por empréstimo de um ano e meio ao clube, com salários de 3,25 milhões de euros por este período, além de bônus por alguns objetivos definidos antecipadamente. Ollero não negou a informação, mas garantiu que o desentendimento da diretoria já vinha de um longo período.
"Durante todo este tempo, não me neguei a colaborar com o resto dos conselheiros para encontrar uma solução para esta situação. Passamos por várias soluções aceitadas por mim e lodo depois outras não aceitadas por outros conselheiros. A última, que me parecia ser viável, era a constituição de uma comissão executiva para pessoas que eu entendia que tinham objetivos parecidos com os meus. Um dos membros que aceitou formar parte da comissão decidiu se demitir no dia seguinte. Nestas circunstâncias, não encontrou uma solução para esta situação que não seja minha saída irrevogável da presidência", afirmou.