O dia 22 de novembro de 2015 não sairá tão cedo da memória do torcedor corintiano. Quase oito meses depois, Corinthians e São Paulo voltam a se enfrentar neste domingo no estádio Itaquerão, na capital paulista, às 16 horas, pela 15.ª rodada do Campeonato Brasileiro, palco onde o time alvinegro aplicou um histórico 6 a 1 no rival, no jogo de festa pelo título do ano passado, e em momentos que lembram aquele vivido pelas equipes no final do ano passado.
No ano passado, o Corinthians recebeu o rival no jogo em que comemorou o título. Hoje é o segundo colocado e tem a chance de assumir a ponta, caso o Palmeiras tropece diante do Internacional, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, na mesma hora.
Já o São Paulo estava no G4, mas vivendo um momento turbulento político e sem técnico - Milton Cruz dirigiu a equipe. Atualmente, acaba de ser eliminado da Copa Libertadores, perdeu seu principal jogador - o argentino Calleri - e Paulo Henrique Ganso está próximo de acertar com o Sevilla e terá que se reestruturar no meio da competição.
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"Agora teremos tempo para arrumar as coisas, mas em um campeonato difícil. Hoje estamos focados para tentar chegar e vencer o Corinthians é importante para esse objetivo", disse o técnico argentino Edgardo Bauza.
Cristóvão Borges fará seu primeiro clássico como treinador do Corinthians e acredita que, embora esteja combalido pela eliminação da Libertadores, o São Paulo não será uma presa tão fácil quanto pode parecer.
"Eu continuo achando o São Paulo um adversário perigosíssimo. Não tem melhor oportunidade para eles se reerguerem do que com uma vitória no clássico e eles vão jogar bastante nesse aspecto", alertou o comandante corintiano.
Comparando os dois times titulares do último clássico da arena para as prováveis formações deste domingo, Corinthians e São Paulo devem repetir seis jogadores cada. No lado alvinegro, deverão ser titulares Cássio, Fagner, Uendel, Bruno Henrique, Rodriguinho e Danilo. No lado tricolor, Edgardo Bauza deve escalar Denis, Bruno, Rodrigo Caio, Hudson, Thiago Mendes e Michel Bastos.
A goleada foi um assunto praticamente ignorado nos dois clubes nos últimos dias. Os corintianos não queriam que a lembrança causasse acomodação. "Quando você tem uma equipe que demonstra segurança nas coisas, a confiança é maior. Conversei com o grupo e sabemos da importância da partida", assegurou Cristóvão Borges.
No lado são-paulino, a vergonha de ter sido goleado pelo rival, que havia atuado com apenas três titulares, parece ser menor do que a dor pela eliminação na Libertadores. "Ganhar o clássico sempre vai bem, mas não vai mudar a amargura que tivemos. Vai ser uma difícil. Oxalá possamos fazer uma boa partida e ganhar pela torcida e por esse grupo de jogadores", projetou Edgardo Bauza.
Além dos momentos distintos, outro ponto que pode ajudar o Corinthians hoje é sua torcida. O histórico 6 a 1 registrou o maior público do Itaquerão até o momento, com 44.976 pagantes. A diretoria corintiana acredita que possa bater a marca neste domingo, já que a partida será realizada com torcida única.
MUDANÇAS - Em relação às duas formações, o Corinthians não conseguirá repetir pela quinta vez seguida o mesmo time, já que Pedro Henrique, machucado, dará lugar a Yago na zaga. Além disso, Cristóvão Borges vai, aos poucos, mexendo na equipe e dando sua cara.
Nos treinos realizados na semana, ele testou Guilherme no lugar de Giovanni Augusto e no ataque experimentou Danilo e André, no lugar de Luciano. Como André está volta de uma cirurgia de hérnia, deve ficar no banco de reservas.
Alexandre Pato, embora esteja treinando bem e demonstre vontade, tem a volta ao time marcada só para o próximo sábado diante do Figueirense. Assim, o reencontro com a torcida corintiana, e com seu ex-clube, será adiado.
No São Paulo, o dia pode ser de estreia. O atacante Gilberto, de 27 anos, e que teve passagens por Vasco, Internacional, Portuguesa, entre outros, chega de graça do Chicago Fire e deve iniciar a partida no banco de reservas, mas provavelmente entrará no decorrer da partida.
Kelvin continua machucado, assim como Paulo Henrique Ganso. Na zaga, Rodrigo Caio faz o último jogo antes de se apresentar ao técnico Rogério Micale, da seleção brasileira olímpica, para a disputa dos Jogos no Rio. Edgardo Bauza não deu muitas pistas da formação que levará a campo, mas a tendência é que seja praticamente o mesmo time que perdeu para o Atlético Nacional. Na zaga, Maicon deve jogar e Lugano fica no banco de reservas.