O Botafogo emitiu nota oficial na tarde desta quarta-feira para lamentar a morte de Nilton Santos, a quem o clube chama de "o maior lateral-esquerdo de todos os tempos". A "Enciclopédia do Futebol", como era conhecido, faleceu aos 88 anos tendo defendido apenas o clube de General Severiano em toda a carreira. O texto publicado pelo site oficial do Botafogo exalta que Nilton Santos era "tão adorado quanto Garrincha e tão respeitado quanto Pelé". No clube, pelo qual disputou 723 partidas, foi ídolo máximo, posto só igualado pelo gênio das pernas tortas, a quem recomendou à diretoria a contratação.
Pela seleção brasileira, disputou quatro edições da Copa do Mundo, em 1950, 1954, 1958 e 1962 - foi bicampeão mundial nas duas últimas. Com a camisa "amarelinha", ganhou o respeito do mundo do futebol, a ponto de ser eleito incontáveis vezes, pelos mais diversos veículos de comunicação, como o maior lateral da história. Nilton Santos jogou por 16 anos no Botafogo e foi campeão carioca quatro vezes (1948, 1957, 1961 e 1962), tendo conquistado também dois Torneios Rio-São Paulo (1962 e 1964). Nunca perdeu uma decisão e, assim como Garrincha, foi eleito, em pesquisa feita pela Fifa em 1998, para a seleção de todos os tempos.
No seu site oficial, o Botafogo lembra que, após encerrar a carreira, Nilton chegou a fazer parte da cúpula do futebol do Botafogo, mas sua carreira como dirigente foi encerada quando "mandou, com um direto, o então árbitro Armando Marques escada abaixo no Maracanã". Nilton Santos vinha sofrendo com problemas médicos nos últimos anos - foi diagnosticado com Mal de Alzheimer em 2007. Ele tinha sido internado no último domingo, com insuficiência respiratória e cardíaca. E acabou morrendo nesta quarta-feira.