O processo instaurado para apurar a morte do torcedor boliviano Kevin Beltrán Espada, em fevereiro deste ano, foi arquivado. A informação, divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo", foi confirmada ao LANCE!Net pelo advogado da Gaviões da Fiel, Davi Gebara Neto.
- O processo foi arquivado há cerca de 15 dias, por falta de indícios de materialidade. Acabou, zerou tudo - disse Gebara Neto.
No Brasil, apurava-se a participação do menor H.A.M, de 17 anos, que se apresentou semanas após a morte de Kevin à Vara da Infância da Juventude, em Guarulhos. Como ele era menor de idade quando o crime foi cometido, ele não pôde ser extraditado para responder o processo na Bolívia. Por um longo período, 12 corintianos - hoje já libertados - ficaram presos em Oruro (BOL), indiciados como cúmplices ou autores do homicídio.
Leia mais:
Artilheiro e manutenção de elenco estão entre os planos do Corinthians para 2025
Mesmo com Facundo, Palmeiras ainda busca uma estrela para vestir a camisa 9
Claudinho quer jogar no Santos em breve
Estêvão diz que vai realizar sonho ao enfrentar Messi no Mundial de Clubes
De acordo com o próprio menor, ele foi o autor do disparo do sinalizador naval, no duelo entre San José e Corinthians, no dia 20 de fevereiro, pela Libertadores, que atingiu e matou na hora o torcedor boliviano.
Dos 12 corintianos detidos, sete foram soltos no início de junho, enquanto os outros cinco voltaram para o Brasil no início de agosto.
- O processo deles também acabou. Zerou tudo - garantiu o advogado da Gaviões.
O Corinthians pagou US$ 50 mil (cerca de R$ 113 mil) à família de Kevin como indenização. No início de agosto, o pai, Limbert Beltrán, criticou a atitude do clube e ressaltou estar decepcionado com a suposta omissão da Justiça.
- Estamos decepcionados, totalmente decepcionados. Ficamos impotentes, com sensação de que não se fez justiça correta. Obviamente todos sabem, é de conhecimento público como pressionaram a Bolívia. Teve o ministério de Justiça do Brasil, embaixada e políticos que advogaram pelos presos. No final parece que não importou a morte do meu filho, quando deveriam fazer uma investigação correta.
Tentaram libertar os 12 de todo jeito. Por que libertaram os 12 agora se a partir dessa primeira investigação não fizeram nada, porque mantiveram os últimos cinco presos? Imagina que eu vá ao seu país e mate uma pessoa, acidentalmente ou não. Não há nenhum culpado, não fazem nada. Os organizadores da Copa Libertadores também não fazem nada. Cobraram uma multa de cada clube - 200 mil dólares do Corinthians e 10 mil dólares do San Jose - e pronto. Ficaram tranquilos. Não querem saber da situação da família - disse, na época, à Espn.