O conselheiro anticorrupção da Fifa, Mark Pieth, acredita que dirigentes europeus estão bloqueando as reformas no mundo do futebol para promover suas próprias carreiras. Apesar de não citar nomes, a declaração de Pieth insinua uma crítica ao francês Michel Platini, atual presidente da Uefa, principal candidato a suceder Joseph Blatter em 2015 no comando da Fifa.
"Eu estou desapontado com o que a Uefa está fazendo, com a ajuda do ingleses e alemães", disse. "As pessoas que foram críticos da Fifa no passado estão colocando seus próprios interesses em primeiro lugar e não os interesses da instituição. Isso é uma pena, porque nós temos uma oportunidade notável neste momento".
Pieth disse que alguns países que "fizeram muito barulho no passado", quando a Fifa foi abalada por acusações de suborno e compra de votos, não fazem mais a pressão suficiente para que aconteçam mudanças.
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No dia 26 de fevereiro, a Fifa fará uma reunião que será decisiva para que a promessa de Blatter de promover mudanças na entidade seja cumprida. Um grupo de trabalho, presidido por Theo Zwanziger, vai ter um retorno das seis confederações continentais para definir as sugestões de mudanças que serão votadas em maio, no Congresso da Fifa. Nesta quarta, Pieth criticou as contribuições da Uefa para o debate. "Eles estão, basicamente, tentando cortar a metade delas", afirmou.
A Uefa sugeriu que os presidentes possam ficar até 12 anos no comando da Fifa, quatro anos a mais do que o sugerido por Pieth, além de número ilimitado de mandatos de quatro anos para os membros do Comitê Executivo da Fifa, enquanto o conselheiro sugeriu um limite de 12 anos. "Há brigas e muitas pessoas que pediam reformas estão no momento pensando em suas carreiras", afirmou. "Estamos em uma situação muito estranha".