O presidente em exercício do Corinthians, Roberto Andrade, mostrou preocupação nesta segunda-feira com a imagem de Adriano por conta do tiro que atingiu a mão de uma jovem dentro do carro do atacante, sábado, no Rio. O dirigente, contudo, negou que o episódio possa prejudicar o clube.
"O ocorrido não teve nada a ver com o clube. Aconteceu fora do Corinthians. Ele estava de férias. A imagem do clube poderia ficar um pouco mais abalada caso isso tivesse acontecido durante a temporada, em um dia normal ou mesmo se ele estivesse de folga. Como ele estava de férias, a responsabilidade é 100% dele. Não acho como o clube vai perder alguma coisa com isso", afirmou o dirigente, em entrevista à rádio Jovem Pan.
Para o presidente, o episódio foi uma fatalidade. "Vamos partir do princípio que isso é uma fatalidade. Lógico que o Adriano tem um histórico de ''aborrecimentos'', digamos assim, com envolvimento com coisas não muito sadias. Mas ele estava de férias e não vamos misturar as coisas".
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Andrade afirmou que o acontecimento não deverá influir na eventual renovação de contrato do atleta. "Esses acontecimentos geram fatos negativos para a carreira dele. Nunca é agradável ter seu nome ligado às páginas policiais, tendo culpa ou não. A imagem dele vai ficar riscada. Mas ele tem mais seis meses de contrato e iremos fazer uma avaliação como atleta e aí iremos analisar se vale a pena renovar ou não", ponderou.
O dirigente reforçou que a permanência de Adriano no Corinthians após junho de 2012, quando se encerra o atual vínculo, vai depender do desempenho do atacante dentro de campo. "O Corinthians tem 600 funcionários e não podemos fiscalizar todos. Mas o Adriano sabe o que faz fora do campo de jogo. Temos que nos preocupar com o atleta, com seu aspecto físico".
"Ficou difícil de analisá-lo porque ele teve contusões, jogou pouco tempo. Sempre dissemos que o grande teste seria neste primeiro semestre, quando iniciará a pré-temporada conosco e se condicionará junto conosco. Vamos aguardar", afirmou o presidente.
Adriano voltou aos holofotes por motivos extracampo no sábado quando a jovem Adriene Cyrilo Pinto, de 20 anos, foi baleada dentro do seu carro. O tiro causou uma fratura exposta na mão esquerda da jovem, que passará por cirurgia de reconstrução na terça. A polícia investiga quem foi o autor do disparo acidental. Há choque de versões entre as testemunhas, que apontaram Adriano e a própria vítima como responsáveis pelo tiro.