Após a reunião de seu Comitê Executivo, em Zurique, a Fifa apresentou nesta sexta-feira o seu relatório financeiro anual. Apesar do cenário de crise mundial, mas graças à Copa do Mundo no Brasil, a entidade arrecadou US$ 1,386 bilhão (aproximadamente R$ 3,2 bilhões) em 2013, com um lucro de US$ 72 milhões (R$ 168 milhões). O ganho bruto é 20% maior em relação a 2012, que foi de US$ 1,166 bilhão (R$ 2,7 bilhões).
O aumento da receita está principalmente relacionado com a realização da Copa do Mundo, pois a Fifa arrecadou US$ 601 milhão (R$ 1,4 milhão) com a venda dos direitos de televisão do torneio e US$ 404 milhões (R$ 940 milhões) de marketing. O secretário-geral da Fifa, porém, evitou somente ligar os ganhos com a disputa do torneio no Brasil.
"É incrível ver como, mesmo em um mundo com tantas dificuldades, há mercado para o futebol. Estamos crescendo. Ganharemos mais dinheiro na Rússia (em 2018) e no Catar (em 2022), porque isso (o crescimento financeiro) não é relacionado ao lugar (onde a Copa é realizada), mas ao valor da Copa do Mundo. Porque esse é um evento único", disse.
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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, adotou tom mais cauteloso ao comentar o relatório e destacou o desconhecimento sobre os custos da realização do Mundial no Brasil, mesmo celebrando o aumento das reservas. "É verdade que melhoramos nossa reserva, mas o custo da Copa (no Brasil) ainda não está claro", disse Blatter sobre a Copa, que deve gerar recursos de mais de US$ 4 bilhões (R$ 9,3 bilhões).
Valcke, porém, não negou que a Copa a ser realizada no Brasil é um sucesso financeiro. Segundo o dirigente, foram batidos os recordes de venda de ingressos e camarotes locados nos hospitality centers. Grande parte das cotas de patrocínio também foram vendidas. "Isso mostra a importância do futebol no Brasil. É uma lenda. Todos querem ver essa Copa, estejam elas dentro ou fora do País", comentou.
O balanço, até o dia 31 de dezembro de 2013, aponta reservas de US$ 1,432 bilhão (R$ 3,331 bilhões). A Fifa destaca que isso é importante porque "a criação de reservas suficientes para o futuro é de enorme importância estratégica para a entidade, especialmente considerando a sua forte dependência da Copa do Mundo e a dificuldade de contratar seguro total para um evento dessa magnitude. Isso proporciona estabilidade e confiança ao futebol internacional, oferecendo uma base sólida para mais crescimento".