Paulo Henrique Ganso imaginou que os dias de sofrimento e as suas incertezas ficariam no passado ao voltar a jogar, mas se enganou. Desde o seu retorno triunfal aos gramados, o meia se encontra no meio de um tiroteio. Todos os dias surgem ''novidades'' envolvendo o seu nome, seguidas de desmentidos de todas as partes interessadas.
A última foi sobre o suposto pré-acordo fechado com o Corinthians, sexta-feira passada, durante um encontro na empresa de marketing esportivo 9ine, de Ronaldo, com a participação do presidente corintiano Andrés Sanchez e de executivos da DIS, dona de 45% dos direitos econômicos do jogador.
A reunião, com todos os citados, foi confirmada, mas a transferência de Ganso para o Corinthians após a participação do Santos na Copa Libertadores da América, é desmentida pelo staff de Ganso, pelos dirigentes do Santos e, principalmente pelo presidente corintiano. "Acredito na palavra do Andrés e sei que ele não se prestaria a esse tipo de papel", afirmou o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro na tarde desta terça-feira.
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Há duas semanas, o Luis Alvaro se reuniu com os presidentes dos demais grandes de São Paulo e obteve a promessa de que nenhum deles aceitaria Ganso se a DIS depositasse os cerca de R$ 60 milhões da multa para clubes brasileiros e precisasse de uma agremiação nacional para ficar com o um jogador por um curto período antes de negociá-lo com um dos gigantes europeus.
Na enxurrada de desmentidos desta terça, ficou faltando o mais importante, o do próprio Ganso, que se mantém no firme propósito de deixar o Santos dentro de pouco mais de dois meses, rumando para o futebol italiano, provavelmente como reforço do Milan. Nesta manhã, na saída da delegação santista para embarcar para Assunção, Ganso foi o último a entrar no ônibus, com 40 minutos de atraso, arrastado por um segurança. Parecia assustado e não abriu a boca responder às inúmeras perguntas dos repórteres.
"Esse é mais um factoide deplorável que plantaram com finalidade política num ano eleitoral", acusou Luis Alvaro, identificando o ex-diretor de futebol, Adilson Durante Filho, como autor do boato da transferência de Ganso para o Corinthians.