Um dos mais controversos personagens da parceria Corinthians-MSI morreu na manhã deste sábado em Surrey, na Inglaterra. De acordo com o jornal "The Telegraph", Boris Berezovski foi encontrado por empregados dentro de sua banheira. Não há maiores detalhes sobre as circunstâncias da morte do bilionário russo, que tinha 67 anos.
Em 2007, Berezovski foi apontado pelo Ministério Público Federal como um dos principais investidores da MSI, acima de Kia Joorabchian, que teria sido enviado ao Brasil apenas para ser o presidente da parceira. Bóris chegou a ter prisão decretada no Brasil pela Justiça Federal, em São Paulo, após denúncia do MPF que dava conta de remessas de dinheiro para o exterior. Na ocasião, ainda foram denunciados dirigentes do clube e um advogado por crime de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Os investimentos do bilionário russo na equipe profissional do Corinthians seriam apenas pano de fundo para seu maior objetivo: a construção de um estádio para 60 mil pessoas. Vale lembrar que o iraniano Kia Joorabchian, presidente do fundo de investimentos, se cansou de negar o envolvimento do magnata. À época, os dirigentes do Corinthians também fizeram de tudo para negar o envolvimento de Berezovski na ex-parceira MSI, inclusive, com negativa de Dualib em depoimento ao Ministério Público Federal. Posteriormente, um áudio foi divulgado por uma emissora de televisão, na qual o ex-presidente do Timão confirmava a participação do russo na parceria a conselheiros do clube.
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Durante as investigações, em depoimento na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), um dos vices do presidente Dualib ainda confirmaria a visita da esposa de Berezovsky ao clube. Ao promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, o presidente Alberto Dualib e o vice Nesi Curi haviam negado o fato.
Berezovski era alvo de investigação por lavagem de dinheiro na Suíça, perseguido pela Justiça russa e vivia como um refugiado político na Inglaterra. Ele era considerado um dos maiores inimigos políticos do presidente da Rússia, Wladimir Putin. Documentos obtidos pelo Estado, das cortes de Genebra, mostram que o russo teve suas contas bloqueadas nos bancos Julius Bar, de Zurique, e Credit Suisse, de Lausanne. Sua fortuna é estimada em US$ 4 bilhões.