O zagueiro Henrique, capitão do Palmeiras, ficou tão revoltado com a arbitragem do venezuelano Juan Soto na derrota por 2 a 0 para o Libertad (PAR), nesta quinta-feira, que deixou o gramado falando em 'bandidagem'. O técnico Gilson Kleina reforçou as críticas do jogador, mas não deixou de detectar as falhas de seu time.
O que gerou maior insatisfação foram os cartões amarelos recebidos por Valdivia e Henrique, ambos por reclamação. O chileno estava no banco de reservas, levantou para cobrar a arbitragem e foi advertido. Já o defensor foi punido por aplausos irônicos logo após o segundo gol dos mandantes, que saiu quando ele estava fora do campo por causa de um sangramento, por ordem do juiz.
- Tinha jogador deles falando o tempo todo, aí o Valdivia falou na mesma língua com ele e tomou cartão. Isso me irritou. Sabemos que fora de casa tem emocional, catimba, mas não podemos concordar com o cartão do Henrique. Ele tomou uma cotovelada, é nítido. Só porque é Libertadores, vamos trabalhar dessa maneira? Não pode, foram coniventes. Quando começamos a ir no corpo, ele dava falta. Não usou o mesmo critério - reclamou o comandante.
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Sobre o time, ele lamentou por ter 'demorado a competir'. No primeiro tempo, por exemplo, o Verdão tomou um gol antes mesmo de conseguir criar uma jogada no campo ofensivo, aos dez minutos.
- Demoramos a entrar no jogo, competimos pouco. Sabíamos que eles iam jogar em profundidade com o Nuñez, e foi o que aconteceu. Toda hora eles alongavam a bola. Demorar a competir nos custou caro. Tivemos chances, bola na trave, mas depois do segundo gol faltou reação. Pedimos para manter o equilíbrio, não adianta se desesperar. Tivemos dificuldades, entramos na catimba, não precisa ser Libertadores para tomar cotovelada - completou.