Libertado após a concessão de habeas-corpus pela Justiça do Rio, o ex-jogador e comentarista esportivo Edmundo afirmou nesta sexta-feira que sofre até hoje com o acidente ocorrido no final de 1995 em que três pessoas morreram. Em 1999, ele foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, pelos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais de outras três.
O acidente aconteceu na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995, depois dele sair de uma boate na Lagoa, bairro da zona sul do Rio. "Queria deixar bem claro que o acidente faz 16 anos. Eu vivo esse sofrimento desde então. Respeito demais essas pessoas", afirmou à TV Bandeirantes na sua primeira entrevista desde que foi preso.
A Justiça do Rio expediu o mandado de prisão contra Edmundo na quarta-feira. Assim, o ex-jogador foi preso na madrugada de quinta-feira em um flat de São Paulo e liberado após a concessão do habeas-corpus no mesmo dia. "O episódio de quarta não chegou nem perto do sofrimento que vivi em todo esse período", disse.
Leia mais:
Mancha se pronuncia sobre renúncia de presidente e diz como será dirigida
Flamengo elege novo presidente com estádio e finanças no centro do debate
Decisivo por Libertadores, Memphis assume papel de 'amuleto' no Corinthians
O que deu errado para o Palmeiras viver pior ano da Era Abel Ferreira
Ídolo das torcidas de Vasco e Palmeiras, Edmundo agradeceu a solidariedade e o apoio recebido após a Justiça definir a sua detenção. "Fico triste pelo que aconteceu, mas feliz pelo carinho e admiração", comentou.
Edmundo argumentou que o crime está prescrito e, portanto, a punição deve ser extinta. A defesa foi a mesma da apresentada pelo seu advogada no pedido de habeas-corpus. "Só tenho deveres, não tenho direito? É um direito a prescrição do crime. Isso não foi respeitado".