O goleiro Marcos justificou neste domingo, após a goleada do Palmeiras por 5 a 0 sobre o Avaí, o motivo de não ter batido um pênalti, mesmo com os pedidos da torcida alviverde e de alguns jogadores da própria equipe. Em entrevista após o término da partida, o ídolo palmeirense disse que até estava com muita vontade de fazer a cobrança - convertida por Kléber -, mas ressaltou que preferiu permanecer em sua meta porque não é o cobrador oficial do Palmeiras e porque uma eventual cobrança poderia ser interpretada como uma falta de respeito em relação ao jovem goleiro Aleks, do time catarinense.
"Eu estava doido para bater o pênalti, mas o batedor oficial é o Kléber", disse o goleiro do Palmeiras, lembrando que, no rival São Paulo, o goleiro Rogério Ceni costuma cobrar as penalidades porque simplesmente é o batedor da equipe. "O Rogério é o batedor oficial do São Paulo. Bate pênalti com 0 a 0 ou 5 a 0. Não é porque o moleque (Aleks) está começando agora e ia ser uma homenagem pra mim, que eu iria lá. Pra mim seria desrespeito", afirmou, acrescentando que, se seguisse os apelos da torcida, nada mudaria para sua carreira, com um erro ou um acerto na cobrança.
O clima entre os jogadores palmeirenses após o jogo era o melhor possível no Canindé. Feliz com o rendimento do time em campo, o meia Lincoln, que marcou o primeiro gol do jogo, exaltou a objetividade da equipe. "Nosso time buscou o gol desde o início. Sempre que pegávamos a bola, o nosso objetivo era fazer o gol. Mesmo com o Avaí marcando com muita técnica, conseguimos um bom resultado e saímos com a vitória", destacou.
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Ainda no gramado, o atacante Kléber chegou a ameaçar uma nova polêmica, depois de cutucar o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone. O jogador comentou o recente interesse do Flamengo pelo seu nome e disse que não está recebendo a valorização necessária do presidente alviverde.
Mais tarde, em entrevista à Rádio Bandeirantes, Tirone minimizou as críticas e tentou colocar panos quentes no que ameaçava ser o começo de mais uma crise no clube. "Houve um mal-entendido. O Palmeiras não tem interesse de vender o Kléber", comentou. "O que eu posso dizer é que ele tem contrato até 2015 e que, na minha visão, o Kléber é a cara do Palmeiras", afirmou.
Em seguida, já no Twitter, Kléber elogiou o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, que classificou após o jogo o atacante como "o melhor do Brasil" e que ironizou o Flamengo, dizendo que, mesmo que a equipe carioca vendesse sua sede, não conseguiria comprar o jogador. "Queria agradecer ao meu treinador pelas palavras depois do jogo e dizer mais uma vez que não tenho nenhum problema com ele, pelo contrário. É um cara que admiro cada vez mais", escreveu.