Pelo menos no discurso, o diretor de futebol Alexandre Mattos continua considerando a possibilidade de renovar o contrato de Valdívia, que vence em 17 de agosto deste ano. As negociações congelaram depois que o Palmeiras ofereceu R$ 120 mil fixos e R$ 60 mil de bônus a cada partida como titular, proposta recusada pelo meia, mas o dirigente não encara o jogo contra o Corinthians, no domingo, como despedida do jogador - ele se apresentou à sua seleção para a Copa América.
"Ainda não chegamos a acordo. O Valdivia já disse que tem o desejo de permanecer e o Palmeiras também, tanto é que ele vem jogando. Vai voltar da Copa América com contrato em vigência e vai continuar atuando se precisar, sem problema algum. O comportamento dele, desde janeiro, é tranquilo, profissional. Ainda podemos encontrar um denominador comum. Se as coisas se ajustarem, não tenha dúvida que o Valdivia pode permanecer nessa nova vida do Palmeiras", declarou Mattos, ao 'Sportv'.
Mattos não é defensor da ideia de fazer grande esforço financeiro para manter o camisa 10, que sofre com lesões desde que retornou ao clube, em 2010. Após o Dérbi, Valdivia voltou a contestar o modelo de produtividade diante dos microfones: ele não acha justo deixar de receber uma parte considerável do salário quando, por exemplo, não puder jogar por estar a serviço da seleção chilena.
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"O Palmeiras está colocando credibilidade, coisas básicas que infelizmente se perderam no futebol brasileiro: salário em dia, estrutura, convicção, a certeza que tem um norte em tudo aquilo. O Palmeiras está colocando isso tudo e o Valdivia já percebeu isso. Mesmo com essa situação, ele vem jogando, talvez para surpresa de muitos. Ele demonstrou respeito com o contrato. A tendência é que, sinceramente, a gente possa encontrar um denominador comum. E obviamente que a vida segue caso isso não aconteça", acrescentou Mattos, antes de levantar a possibilidade de o Mago desejar uma transferência para outro centro do futebol.
"É claro que tudo é conversado. Ainda tivemos poucas conversas, acho que é interesse dele defender seu país da melhor maneira possível. Já ouvi falar alguma coisa dele pensar em ir para os Estados Unidos, não se agora ou mais para a frente. Independentemente de nomes, de pessoas, o projeto vai continuar, nós temos nosso norte", disse o dirigente.