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Férias...

Muricy pede tempo e não descarta ir para o Santos

Agência Estado
22 mar 2011 às 17:44

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- Wallace Teixeira/Photocamera
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Passados oito dias de sua saída do Fluminense, Muricy Ramalho ainda não definiu o seu futuro. O treinador alegou nesta terça-feira que ainda precisa de um tempo para descansar antes de assumir um novo time. Mas não descartou acertar com o Santos "dentro de 20 ou 30 dias".

"Preciso tirar o Fluminense de dentro de mim. Ainda não saiu. A parte emocional é forte. É muito duro pra mim. Tenho a característica de ser intenso demais. Como vou sair do Fluminense e já ir para outro time? Não é assim. Pode ser que daqui a 20, 30 dias eu esteja bem", afirmou o técnico, em entrevista ao Sportv.

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Cotado para assumir o Santos, Muricy recebeu uma proposta oficial do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro em uma conversa ao vivo em programa da Rádio Globo, na noite de segunda. Depois de se esquivar da oferta, o técnico reafirmou sua intenção de aproveitar o momento para tirar "férias".

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"Não tenho condições de encaminhar nada agora. Eu tenho que me preparar para ir para outro time, como aconteceu com o Palmeiras", comparou. Muricy acertou com o time da capital paulista após seguidas tentativas da diretoria em julho de 2009, dois meses após deixar o rival São Paulo.

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Mesmo disposto a ficar inativo por um mês, Muricy mostrou simpatia pela ideia de comandar o Santos. "Esse time do Santos é muito forte. Já tinha dito no início do ano que era o favorito ao título da Libertadores", declarou o técnico. "Hoje só o Santos tem diferencial: Neymar e Ganso".



Questionado sobre o Fluminense, o técnico alegou que as mudanças na diretoria contribuíram para sua demissão. "O novo presidente mexeu com o meu trabalho. Ele é capaz e tem condições de melhorar a situação do Fluminense. Mas eu não posso esperar", afirmou, se referindo aos problemas de estrutura do clube carioca.

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"Eu não sou máquina. Não é assim as coisas funcionam. Não dava (para ir até o fim da Copa Libertadores). Eu estava no limite. Não dava mais. Seria errado ganhar o que eles estavam me pagando. Estava tudo ótimo. Mas eu não estava feliz. Tenho as minhas ideias. Não consigo desenvolver o atleta. Não consigo melhorar seus fundamentos. Não estava trabalhando como eu queria", justificou.



Muricy disse ainda que a demissão do vice de futebol Alcides Antunes contribuiu para sua saída. "A demissão do Alcides mexeu com a minha estabilidade. Futebol é parceria. As pessoas que estão do meu lado são muito importantes. Esses caras ajudam a gente a ganhar, a manter um bom ambiente. Nosso ambiente era ótimo. Os jogadores se dão muito bem. Essas mudanças mexem com o time, cria um clima esquisito".

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O treinador, contudo, negou interferências de Celso Barros, presidente da Unimed, patrocinador do Fluminense. "Celso Barros é patrocinador, não é dirigente. Não há interferência no time. Ele é um parceiro incrível. Não teve nada. Tínhamos um ambiente ótimo com ele. Se não fosse a Unimed, o Fluminense estaria em uma situação complicadíssima".



SELEÇÃO - Muricy também não descartou ganhar outra chance no comando da seleção brasileira, mas não neste momento. "O objetivo sempre é a seleção. Mas agora o técnico atual vai até o fim [da Copa do Mundo do Brasil, em 2014], a não ser que aconteça alguma tragédia", disse o técnico, que elogiou o trabalho de Mano Menezes.


O treinador afirmou que não se arrepende de ter rejeitado uma proposta da CBF no ano passado, após a eliminação do Brasil no Mundial da África do Sul. "Aquela decisão já foi tomada, era a melhor naquele momento. Não fiquei arrependido. E não acho que as portas se fecharam".


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