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Onaireves não se preocupa com CPI

Fernando Tupan - Folha do Paraná
15 dez 2000 às 11:17

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O presidente Onaireves Rolim de Moura vai depor na Comissão de Inquérito (CPI) da Câmara entre os dias 15 de janeiro e 15 de fevereiro. Os deputados não solicitaram a quebra do seu sigilo fiscal, bancário e telefônico. Mas o dirigente pode perder o seu privilégio caso os parlamentares suspeitem de evasão fiscal. A CPI quer algumas explicações a respeito da situação financeira da entidade.

Onaireves Moura não parece preocupado. Ele tem dito que as contas da federação estão abertas para qualquer tipo de investigação e que vai colaborar com a CPI.

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Segundo o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), membro da CPI da Câmara, além de Moura, todos os presidentes das demais federações estaduais serão ouvidos, aproveitando que os deputados irão se reunir extraordinariamente para dar andamento à CPI.

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Vários dirigentes do futebol brasileiro tiveram ontem aprovadas quebras do sigilo bancário, fiscal e telefônico: Marco Antônio Teixeira, secretário geral da CBF e parente do presidente da CBF, Ricardo Teixeira; José Carlos Salim, ex-diretor de finanças da CBF e Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa, atual diretor de finanças da CBF também tiveram seus sigilos quebrados. O ex-presidente do Flamengo, Kléber Leite, suspeito de evasão fiscal no contrato com a ISL também será investigado.


Também estão no processo de investigação Dimmes Martyns, de São Paulo, acusado de fazer passaportes falsos; Afonso Marins Costa, que tinha a conta onde o ex-jogador Careca depositou o dinheiro para pagar o passaporte do jogador Jeda, que atualmente joga na Itália, e o empresário Expedido Júnior da Silva, o Tedde Jr, agenciador de menores para levar para Europa.

Como o Senado quebrou o sigilo fiscal e bancário dos clubes, a CPI da Câmara pretende seguir outros caminhos e também vai investigar árbitros do futebol brasileiro. O primeiro a ser investigado é Ivens Mendes, ex-diretor do departamento da arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), envolvido no famoso caso da arbitragem de 97. Uma rede de televisão mostrou em seu principal telejornal uma fita em que Ivens solicitava dinheiro para fabricar resultados de partidas.


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