O Palmeiras deu mais um grande passo em direção ao título do Campeonato Brasileiro. Venceu o Figueirense por 2 a 1, neste domingo (16), no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela 31.ª rodada, e ainda foi beneficiado pelas derrotas dos principais perseguidores. O Flamengo caiu diante do Internacional por 2 a 1, em Porto Alegre, e o Atlético Mineiro perdeu do Botafogo por 3 a 2, no Rio.
Com isso, a sete rodadas do fim da competição, o Palmeiras soma 64 pontos, quatro a mais que o Flamengo e oito acima do Atlético, que praticamente deu adeus ao sonho de título.
O primeiro tempo foi marcado por pouco futebol e muitas faltas. O Palmeiras não conseguiu sair da forte marcação do Figueirense e praticamente não teve criação de jogadas. Como o meio de campo não funcionava, Gabriel Jesus ficou isolado, até porque Róger Guedes e Dudu eram muito bem marcados, o que impedia as tabelas.
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O time catarinense, correndo sério risco de rebaixamento - tem 32 pontos, na 18ª colocação -, esperava apenas espaço para contra-atacar. Como o Palmeiras não dava esse espaço, o Figueirense não assustava. O clube paulista, apesar de também não ameaçar, de certa forma tinha o domínio da partida. Com isso, os goleiros tiveram pouco trabalho. O palmeirense Jailson ainda teve de fazer uma grande defesa após cobrança de falta de Ayrton, pois a bola desviou no zagueiro colombiano Mina e quase o enganou. Ele ainda conseguiu espalmar e evitar o gol.
O Palmeiras teve, a rigor, uma chance, após um cruzamento da direita em que Gabriel Jesus, livre diante do gol, pegou mal na bola e permitiu a Ayrton afastar. Ainda reclamou de um pênalti, aos 19 minutos, e bem antes de aparecerem as pálidas oportunidades de gol, em uma disputa de bola entre Jackson Caucaia e Dudu.
Cuca pediu aos jogadores que se movimentassem e invertessem posições na frente, na tabela. Isso ocorreu, mas o Palmeiras também voltou mais aceso para o segundo tempo. Em seis minutos, criou três boas chances de gol, uma delas em um belo toque de letra de Moisés, em que ele tirou a bola de Gatito Fernández, mas errou por pouco o gol.
Sete minutos depois, ocorreu o lance polêmico que deu origem ao primeiro gol do Palmeiras. Em uma disputa de bola entre Bruno Alves e Gabriel Jesus na área, o braço do zagueiro, na movimentação, tocou no rosto do palmeirense, que caiu. O árbitro mineiro Igor Junio Benevenuto marcou pênalti. Foram cinco minutos de reclamações, discussões, catimba. Aos 12, Jean cobrou no meio do gol e fez 1 a 0.
A partida ficou tensa, com jogadas ríspidas. Aos 25 minutos, o árbitro paralisou o jogo, alegando falta de luz natural, e pediu que os refletores fossem acesos. A paralisação não esfriou os ânimos. Até porque, pouco depois do reinício, Egídio derrubou Rafael Silva na área e o juiz não deu o pênalti.
Nervoso, o Figueirense tentava pressionar, mas não conseguia chegar ao gol de Jailson e, claro, dava espaços para o contra-ataque palmeirense. Em um deles, Gabriel Jesus fez ótima jogada na tentativa de penetração. Bruno Santos ainda cortou, mas a bola sobrou para Jean emendar: 2 a 0, aos 32 minutos.
Parecia que a vitória do Palmeiras estava garantida, mas ainda viria um susto: dois minutos depois, em uma cobrança de escanteio, Jailson falhou ao não alcançar a bola e Rafael Silva diminuiu. Mas o Figueirense é time fraco e não teve força para reagir.
O Palmeiras, ao contrário, soube tocar a bola, fazer o tempo passar e ainda teve chance de marcar o terceiro, em uma falta cobrada por Jean, o herói em Santa Catarina. O objetivo principal, que era o que interessava, foi alcançado.
Gabriel Jesus recebeu o terceiro cartão amarelo neste domingo e joga contra o Sport, no próximo domingo, no estádio Allianz Parque, em São Paulo.