Osvaldo Sestário, advogado envolvido no polêmico rebaixamento da Portuguesa, diz ter certeza que houve erro dentro da Lusa na escalação irregular de Héverton. Segundo ele, que pede o respeito à decisão da Justiça Desportiva em mandar o time rubro-verde à Série B, a série de liminares contra a perda de quatro pontos do clube do Canindé pode atrapalhar a CBF e o início do Campeonato Brasileiro.
- Como advogado da Justiça Desportiva, espero que esta prevaleça. Entendo que há interpretação errônea dos que não militam na área, alegando que o prazo para cumprir suspensão começaria na segunda (o julgamento ocorreu na sexta). Se fosse assim, todos que foram julgados na sexta e não usaram atletas no fim de semana foram prejudicados até hoje. É muito difícil a CBF a todo momento cassar liminares, acho muito difícil se houver uma avalanche de liminares que a CBF tenha como cassar todas ao mesmo tempo. E isto pode acontecer até na véspera do campeonato (Brasileiro) - explicou, em entrevista à ESPN.
- O vilão da história é alguém que ainda não sabemos. Ninguém dentro da Portuguesa ainda assumiu isto, mas eu tenho certeza que houve uma falha interna lá, só que a pessoa ainda não se revelou - acrescentou.
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Sestário era o advogado que estava no julgamento do STJD, o qual puniu Héverton com dois jogos de suspensão. Segundo ele, o clube tratava com desdém a situação do meia - o foco era a punição de Gilberto. Ambos deveriam ficar duas partidas fora, e a decisão foi informada, segundo ele, a Valdir Rocha da Silva, advogado da Portuguesa, com o qual Sestário alega ter falado sete vezes entre o julgamento e o dia da partida. E para ele, havia a certeza de que, se o clube quisesse, conseguiria o efeito suspensivo do armador.
Em meio a diversas teorias sobre a punição da Lusa, que ele "custa" a acreditar, Osvaldo Sestário lamentou as declarações de Manuel da Lupa, ex-presidente da Lusa e com quem trabalhou por dez anos, e de Valdir, seu amigo até este incidente. Segundo Sestário, o qual se diz um colaborador da investigação do Ministério Público, a dupla pediu para que ele assumisse a culpa.
- Pediram mesmo, mas não achava necessário. Eles me atacaram e depois do ocorrido estavamos em conversações para ver qual o caminho ia seguir uns dois dias depois da notícia. E eles fizeram um apelo até desesperado para eu assumir a culpa. Não vejo o motivo para isto - completou.