O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), tentou acalmar os esportistas preocupados com a possibilidade de encerramento dos programas de apoio ao esporte de alto rendimento, especialmente o Bolsa Atleta e o Bolsa Pódio, que permitem a milhares de competidores por todo o Brasil se manterem financeiramente praticando esporte. De acordo com ele, o apoio vai continuar, ainda que exista a possibilidade de o nome ser mudado.
"Vamos manter os programas de incentivo ao esporte de alto rendimento no país - para o Bolsa Atleta, o Bolsa Pódio. Se vamos manter o nome, eu não sei, mas o importante é que manteremos os incentivos que vêm sendo dado esses atletas", afirmou o ministro, em Brasília, na terça.
Picciani foi líder do governo da ex-presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional, mas, integrante do PMDB, foi escalado para o Ministério do Esporte assim que o presidente Michel Temer assumiu o cargo, ainda interinamente. Agora, deve criar sua própria identidade na pasta, encerrando projetos da era petista, ainda que para dar lugar a programas semelhantes.
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Uma das iniciativas citadas por Picciani será encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei propondo o aumento do porcentual do faturamento bruto das empresas que queiram participar da Lei de Incentivo ao Esporte. Hoje, esse porcentual é 1%.
"Detectamos a necessidade de desburocratizar a lei, mas é preciso também aumentar o limite de contribuição das empresas, hoje limitado a 1% do faturamento bruto. A Lei Rouanet, por exemplo, prevê contribuição de até 4% no incentivo à cultura. Por que, para o esporte, [a contribuição] não pode ser maior?, questionou. A proposta é que esse teto cresça a 3%.