A Ponte Preta segue fazendo história na Copa Sul-Americana. Mesmo impedida de jogar no Moisés Lucarelli, a Macaca empatou com o São Paulo por 1 a 1, em Mogi Mirim, e avançou à primeira decisão internacional de sua história de 113 anos. O gol campineiro foi do atacante Leonardo, que já havia deixado sua marca nos 3 a 1 no Morumbi, semana passada. Luis Fabiano saiu do banco para empatar.
O campeão sul-americano será conhecido nas próximas duas quartas-feiras. Resta que o adversário da Ponte seja definido: nesta quinta, o Lanús joga em casa e defende a vantagem de 2 a 1 construída no primeiro jogo contra o Libertad (PAR). Seja quem for o classificado, os campineiros farão o duelo de volta fora do Brasil. Ao São Paulo, resta se planejar para 2014, ano em que não disputará a Libertadores. No Brasileiro em que a Macaca caminha para o rebaixamento, o Tricolor já não tem pretensão alguma.
O JOGO
Precisando de uma vitória por 3 a 0 para avançar à sua segunda decisão consecutiva no torneio, o São Paulo adotou postura ofensiva. Mas os erros dos homens de frente escalados por Muricy Ramalho se acumularam: com Luis Fabiano no banco, Ademilson e Aloísio pouco assustaram o goleiro Roberto. Para piorar, Paulo Henrique Ganso pouco era notado diante de uma marcação implacável de Baraka.
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A indisposição estomacal sentida pelo volante Denilson logo na metade do primeiro tempo deu ao técnico tricolor a chance de lançar o time à frente, mas ele preferiu colocar Wellington, também volante. O marasmo da partida só foi desfeito aos 42 minutos, quando a Macaca reencontrou o mapa da mina. Assim como no jogo de ida, o setor direito da defesa são-paulina sofreu uma pane e deixou Uendel chegar ao fundo e cruzar para Leonardo, que carimbou Rodrigo Caio na primeira tentativa e não perdoou na segunda.
Muricy só voltou a mexer no time aos 15 minutos do segundo tempo, com o Fabuloso e Welliton nas vagas de Paulo Miranda e Ademilson. Mas àquela altura o Tricolor já era uma equipe entregue. Do outro lado, estava uma Ponte Preta muito cautelosa, cheia de jogadores no campo de defesa, mas ao mesmo tempo muito segura. Parecia ser ela, a Ponte, acostumada a decidir competições continentais.
Adailton ainda entrou no lugar do esgotado - e aplaudido - Elias para infernizar a defesa do São Paulo. Em sua primeira jogada, ele deixou Baraka na cara do gol, mas o volante hesitou muito e acabou desarmado.
Pouco depois, deslocou Ceni com uma cabeçada e por centímetros não balançou a rede. A bola são-paulina só foi entrar aos 38 minutos, quando Luis Fabiano aproveitou a sobra na área e testou para o gol. A torcida alvinegra nem ligou: em ampla maioria nas arquibancadas, soltou o grito e deu um show.