Além de revelar que Zinho, gerente de futebol do clube, recebe mensalmente direitos de imagem, os documentos da demonstração financeira divulgados pelo Santos também relembraram uma dívida antiga com o ex-presidente Marcelo Teixeira. Na seção de débitos do balanço do Peixe, aparece o acordo de mais de R$ 41 milhões referente aos empréstimos feitos pelo antigo mandatário e a Universidade Santa Cecília, de sua propriedade, ao clube, durante os anos de sua administração.
A cada jogador vendido pelo Santos, 5% do valor recebido é destinado ao ex-presidente (sendo 1,88% em acordo com a "Família Teixeira" e 3,12% com a Associação Santa Cecília). As grandes vendas do ano passado, como Neymar, Rafael e Felipe Anderson, fizeram parte do pacote e ajudam a diminuir a dívida, que não é novidade para o Alvinegro.
O acordo parcelou a dívida em 72 vezes em janeiro de 2012, por meio de processo judicial, e faz o Santos pagar R$ 416 mil mensais ao ex-presidente. Caso o Santos fique em débito com qualquer mensalidade, a outra parte tem o direito de solicitar que o acordo seja desfeito. Direitos de transmissão e até a Vila Belmiro foram colocados como garantia para o não pagamento da dívida.
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O Santos se manterá em débito com Marcelo Teixeira pelo menos até fevereiro de 2018, já que o parcelamento foi realizado em fevereiro de 2012. Na ocasião do acordo, o ex-presidente aceitou receber R$ 11 milhões a menos do que a dívida original.
Desde a saída de Marcelo Teixeira, no fim de 2009, o Santos foi presidido por Luis Álvaro e, desde agosto do ano passado, por Odílio Rodrigues, já que o atual presidente pediu licença médica. O mandato da dupla vai até dezembro deste ano.