Rogério Ceni será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela sua expulsão no clássico deste domingo contra o Santos, quando São Paulo venceu por 4 a 3, mas o relato do árbitro Carlos Eugênio Simon na súmula poderá ser decisivo para que o goleiro não receba uma punição tão severa.
Apesar da reclamação ofensiva do capitão são-paulino ao receber o vermelho, o árbitro gaúcho não fez relatos preocupantes para o goleiro na súmula da partida. Simon escreveu apenas que "após apresentar o cartão vermelho, o senhor Rogério Ceni veio em minha direção e disse: ''Por que você me persegue?''".
O goleiro repetiu o que havia dito ao árbitro na entrevista que concedeu ainda no gramado da Vila Belmiro. A denúncia ainda será aberta pela Procuradoria do STJD, mas Rogério Ceni deve responder por infração em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. A primeiro é o 254 (praticar jogada violenta), que prevê até seis jogos de suspensão. O outro é o 188 (manifestar-se de forma desrespeitosa ou ofensiva contra o árbitro), o que poderia acarretar até 180 dias de punição.
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O departamento jurídico do São Paulo, porém, confia em livrar o goleiro de qualquer punição, principalmente depois do que relatou Simon na súmula da partida.
Por enquanto, o goleiro desfalcará o São Paulo apenas contra o Internacional, nesta quarta-feira, no Morumbi. O técnico Ricardo Gomes ainda não confirmou quem será o titular. A tendência é que Bosco seja o escolhido. "Os dois foram bem quando requisitados", afirmou o treinador. "Estou muito tranquilo para escolher. Vocês (jornalistas) vão saber apenas 45 minutos antes do jogo começar."
SEM RECLAMAÇÃO - O São Paulo avisou que não enviará qualquer reclamação formal à CBF contra Simon. "Foi uma infelicidade dele, que não dá sorte contra nós. Desejamos que ele não seja mais escalado em jogos nossos, mas não faremos pedidos para isso. A comissão (de arbitragem) faz o possível", afirmou o diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.