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Torcedores do Atlético-MG são presos por morte de rival

Agência Estado
13 dez 2010 às 21:31

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Cinco torcedores do Atlético Mineiro, inclusive o presidente e vice-presidente da torcida organizada Galoucura, foram presos nesta segunda-feira por envolvimento no assassinato do cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos. Os atleticanos tiveram as prisões decretadas pela Justiça junto com mais três suspeitos que ainda estão foragidos. No sábado, o diretor de patrimônio da Galoucura, Cláudio Henrique de Souza Araújo, de 32 anos, já havia sido preso, também acusado de envolvimento no crime.

Na tarde desta segunda, o presidente da torcida organizada, Roberto Augusto Pereira, o Bocão; o vice-presidente Willian Palumbo, conhecido como Ferrugem; Marcos Vinicius Oliveira de Melo, o Vinicin; Josimar José de Souza e Diego Felipe Jesus, o Feijão, se apresentaram ao juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes, da 2.ª Vara Criminal do fórum Lafayette, em Belo Horizonte, e foram encaminhados para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) da Polícia Civil.

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Otávio Fernandes foi espancado até a morte em 27 de novembro, durante um confronto entre torcedores do Atlético e Cruzeiro na saída do 3.º Brasil MMA Fight, torneio de vale-tudo que tinha, inclusive, a participação de um integrante da Galoucura. Imagens gravadas pelo circuito de segurança de um shopping ao lado do local onde ocorreu o evento mostram dez pessoas agredindo a vítima com golpes de barras de ferro, placas de trânsito e chutes, principalmente na cabeça, apesar de a vítima estar caída imóvel na rua.

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Segundo o delegado Breno Bardini, responsável pelo inquérito, todos os suspeitos que tiveram as prisões temporárias - por 30 dias - decretadas têm "envolvimento direto nas agressões ou impediram o socorro" à vítima. O delegado afirmou também que as filmagens são "provas objetivas".


Já o advogado Dino Miraglia Filho, contratado pela Galoucura para acompanhar o caso, disse que nenhuma das pessoas presas aparece nas imagens ou na perícia feita no material. Ele ressaltou que somente nesta segunda, com a ajuda do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), teve acesso ao inquérito e ainda vai estudar o motivo das prisões para poder tentar, junto ao Judiciário, por os clientes em liberdade. "Foram prisões absurdas e descabidas. Essas pessoas não aparecem em nada daquilo (filmagem)", declarou.

Miraglia afirmou ainda que os outros três suspeitos que tiveram as prisões decretadas também vão se apresentar à Justiça e só não foram junto com os colegas porque "soube dos mandados em cima da hora". "Eu não tenho contato direto com eles. Mas se apresentarão ainda essa semana", concluiu.


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