Carrasco do Brasil na final da Copa do Mundo de 1998 e nas quartas de final do Mundial de 2006, Zidane acredita que a França poderá voltar a fazer um bonito papel em mais uma edição da competição, no ano que vem, em solo brasileiro. Embora a seleção francesa tenha sofrido para passar pelas Eliminatórias Europeias, o astro vê a equipe nacional forte, mas exalta que não adianta nada o time ter bons jogadores se a preparação não for a ideal para o torneio.
"Eles (franceses) têm boas chances. Os jogadores já estão no clima da competição. Mas, repito, terão que estar preparados na hora da verdade. Podemos dizer agora que ''é uma boa seleção'' ou ''não é uma boa seleção'', mas na verdade é só daqui a seis meses que eles precisam estar prontos e preparados para fazer bonito. E são capazes disso. A França tem jogadores para conseguir algo mais", disse o ex-jogador, em entrevista ao site oficial da Fifa, publicada nesta sexta-feira.
Para Zidane, o fato de a França ter sofrido para assegurar vaga no Mundial de 2014, o que só foi ocorrer na repescagem das Eliminatórias, serviu para fortalecer ainda mais a seleção, que conseguiu reverter uma desvantagem de 2 a 0 diante da Ucrânia, derrotada por 3 a 0 no confronto de volta do qualificatório europeu.
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"O mais difícil é se classificar. E quando você percorre um caminho como aquele, pensa: ''Chegamos lá''. Depois trata-se de uma outra competição. Vem a fase preparatória e o Mundial começa seis meses após o fim das eliminatórias. É aí que você tem que estar pronto, física e psicologicamente. Será um outro estado de espírito. Fico na torcida para que eles estejam preparados no mês de junho", afirmou.
ZAGALLO - Vítima de Zidane como técnico do Brasil na Copa de 1998, Zagallo foi lembrado pelo ex-camisa 10 francês na entrevista que concedeu ao site da Fifa. Ele falou sobre o ex-treinador e ex-jogador ao ser lembrado que, apesar de ter sido carrasco, segue sendo muito admirado pelos brasileiros, como ficou claro no sorteio dos grupos do Mundial de 2014, realizado no último dia 6, na Costa do Sauipe (BA), onde conversou com a entidade que controla o futebol mundial.
"É verdade, não sinto nenhum ressentimento contra mim. Sempre que venho aqui, fico com a impressão de que as pessoas admiram o que fiz contra o Brasil. Embora pudéssemos pensar que eu seria recebido a pedradas (risos)! Recentemente encontrei o senhor Zagallo, que era o técnico do Brasil em 1998. Ele me contou uma coisa muito emocionante. Disse que, se tivesse que escolher um jogador de fora do Brasil para colocar na equipe dele, seria eu. Vindo do professor Zagallo, trata-se de um elogio e tanto", disse Zidane, garantindo também que a sua própria admiração pelo futebol brasileiro o fez crescer em jogos diante do time nacional.
"Foi uma equipe que sempre me inspirou, contra a qual conseguia jogar no mais alto nível, assim como meus companheiros. Cada vez que enfrentávamos a seleção, sabíamos que éramos capazes de qualquer coisa. Nunca fomos favoritos. E é nesses casos que você costuma realizar as proezas. Foi o que aconteceu conosco", enfatizou.