Depois do lateral-direito Neném, foi a vez de o meia Zinho desabafar no Palmeiras. No entanto, as críticas dele tiveram como alvo as declarações do técnico Jair Picerni, que insinuou que Zinho, Muñoz e Thiago Gentil estariam simulando contusões para não enfrentar o Vitória, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil.
"Eu senti uma dor muscular e pedi para ser poupado em um treino, mas tinha condições de jogar porque era uma contusão comum. Na verdade, foi ele quem decidiu me tirar da partida porque eu poderia ter viajado para Salvador", reclamou o meia, campeão mundial pelo Brasil, em 1994, em entrevista à rádio "Jovem Pan".
Zinho demonstrou que está descontente com sua situação no clube alviverde e que já pode pensar em deixar o clube. "Alguns diretores já sabem o que tem se passado comigo, mas ainda vou sentar com o Mustafá (Contursi, presidente), que sempre teve bom relacionamento comigo, pois não dá pra continuar assim. Não posso ficar em um clube que amo se não posso ser utilizado."
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Zinho diz que o maior problema é o relacionamento com Jair Picerni. Segundo ele, o treinador não tem confiança em seu futebol e só o escala por falta de opções. "Não tenho segurança para jogar. A gente nunca brigou ou discutiu, pois isso não faz parte da minha índole, mas sinto que sou um incômodo para ele", comentou.
"Sinto que ele apenas me atura porque eu tenho uma história no Palmeiras, uma imagem a zelar, bom relacionamento com a torcida, com a diretoria e com a imprensa que faz cobertura do clube."
Não fosse isso, Zinho garante que já estaria longe do Palmeiras, a pedido de Picerni. "O Claudecir foi embora, o Pedrinho está machucado e, então, não tem jeito. Ele tem de me colocar para jogar."
O meia palmeirense garante que sua atitude explosiva não é por ciúme de seus companheiros, que costumam ser bem tratados pelo treinador. "Se ele tem relacionamento bom com os outros, tudo bem. Mas tem de ser dada igualdade entre os atletas, porque não sou apenas eu que tenho atuações ruins."
As reclamações de Zinho não param por aí. Para o meia, até o posicionamento tático tem prejudicado suas atuações. "Desde que o Jair chegou, atuei até como volante para dar mais liberdade para o Claudecir e o Magrão. No entanto, ninguém percebeu isso e recebi várias críticas pela atuação apagada."