Apesar da surpresa com o caso Lance Armstrong, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, descartou nesta quarta-feira impor qualquer restrição ao ciclismo nos Jogos Olímpicos por risco de doping.
Na avaliação do dirigente, vetar o esporte por causa dos casos recentes de trapaça seria injusto com a maioria dos atletas. "Seria injusto penalizar a grande maioria dos atletas limpos", afirmou Rogge, cuja maior preocupação nos últimos anos foi justamente os casos de doping no esporte.
O presidente do COI afirmou ter total confiança nos esforços da União Ciclística Internacional (UCI) em acabar com o doping. "A UCI sempre esteve na vanguarda desta luta", declarou. Ele lembrou que o ciclismo foi um dos primeiros esportes a implementar o passaporte biológico para monitorar as amostras de sangue dos atletas.
Leia mais:
Londrina Bristlebacks busca título Brasileiro no futebol americano
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul
Hortência diz que não trabalhará no COB e pede mudança profunda no basquete
Rogge disse ainda que ficou "chocado" com as denúncias envolvendo o nome de Lance Armstrong, sete vezes campeão da tradicional Volta da França. O ciclista norte-americano perdeu seus títulos e foi banido do esporte por doping, depois que a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês) produziu minucioso relatório sobre a suposta conduta irregular do atleta.
O dirigente do COI adiantou que vai aguardar novas ações da UCI para definir se vai manter ou cassar a medalha de bronze conquistada por Armstrong na Olimpíada de Sydney, em 2000. O pódio olímpico foi obtido justamente no período analisado pela Usada, no qual o ciclista teria utilizado substâncias proibidas para acumular os títulos consecutivos da Volta da França, entre os anos de 1999 e 2005.