Thomaz Bellucci ficou por dois anos e meio no grupo dos 50 melhores do tênis mundial. E deixou esta condição exatamente quando não podia: nas vésperas da definição dos classificados para os Jogos Olímpicos de Londres. Por conta disso é que o tenista brasileiro definiu como "merecido" o convite dado a ele pela Federação Internacional de Tênis (ITF), nesta terça, para que participe da Olimpíada.
"Foi uma vaga merecida. Estive entre os 30 melhores do mundo nos últimos quatro anos e, justo na semana que fechou o ranking para as Olimpíadas, eu estava um pouco fora", disse Bellucci, que flutuou entre o 21.º e o 38.º lugar do ranking entre a primeira semana de novembro de 2009 e o fim de fevereiro deste ano.
O critério de classificação para a Olimpíada no tênis masculino determinava vaga para os primeiros 56 colocados do ranking mundial ao fim de Roland Garros, respeitando o limite de quatro tenistas por país. Bellucci esteve neste grupo até a última semana, mas a eliminação precoce no Grand Slam francês o tirou da lista. Menos mal que o convite veio nesta terça-feira e agora ele poderá jogar sua segunda Olimpíada seguida.
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"Representar meu país numa competição como essa (Olimpíadas) é muito importante. Estou muito feliz de poder estar aqui de novo a daqui algumas semanas para reviver o clima olímpico. Embora a grama seja um piso que não tenho bons resultados, vou dar o meu melhor", comentou Bellucci.
Meia hora depois de receber a notícia do convite para Londres, Bellucci, também na capital inglesa, entrou em quadra para enfrentar Rafael Nadal na sua estreia em Wimbledon. Venceu as quatro primeiras parciais, mas depois sucumbiu ao tênis do segundo melhor do ranking mundial.
"Ele (Nadal) começou a partida mais nervoso, então fui encurralando ele e sendo muito agressivo. Depois, acabei cometendo alguns erros cruciais, principalmente no momento de decidir o primeiro set. No segundo set não joguei bem, errei muito. No terceiro set voltei a jogar com agressividade, mas vacilei", explicou Bellucci, que foi superado por 7/6 (7/0), 6/2 e 6/3.
Bellucci, porém, se despediu momentaneamente de Wimbledon (onde será jogado o tênis olímpico) com uma boa sensação: de que tem condições de jogar de igual para igual contra os melhores do mundo. "Logicamente não estou contente com a derrota. Entrei para ganhar e, na medida do possível, poderia ter revertido o placar. Foi um jogo muito parelho, decidido nos detalhes, em que acabei errando mais do que deveria. Não fiz uma partida ruim, acho que meu nível está muito próximo ao desses caras", avaliou o brasileiro.