É São João!
Não precisa resistir! As temperaturas mais baixas são um convite para a degustação de pratos quentes, o que torna a sopa uma excelente pedida. Saboroso e nutritivo, esse alimento é o par perfeito para a estação mais fria do ano.
Rico em nutrientes, o prato é na maioria das vezes, uma refeição completa,
composta por todos os alimentos que o organismo precisa: cereais, verduras, legumes e proteína animal. As sopas têm a grande vantagem de não deixarem "escapar" as vitaminas e minerais durante o cozimento, retendo-os no caldo que será consumido. Além disso, têm outras qualidades: são econômicas, de fácil preparação e podem tomar os mais diversos sabores e texturas.
História
Ao que tudo indica, a história desse prato é tão antiga quanto a existência do homem. Segundo estudos arqueológicos, é provável que o homem pré-histórico já comessem muitos caldos de carne (mamute, bisonte, vaca), sopas de peixe e de alguns crustáceos (mexilhões, por exemplo).
Já na Grécia Antiga ficou famoso um "Caldo Negro" da cidade de Esparta, feito com sangue de alguns animais misturado com vinagre e especiarias. Não consta que fosse fácil de engolir, mas gosto - principalmente para comidas - não se discute.
Em Roma, a sopa era um prato apreciado por todas as classes. O famosíssimo imperador Nero tinha o costume de, diariamente, comer um caldo à base de alhos-porros que acreditava fazer-lhe muito bem às cordas vocais.
Na Idade Média as sopas foram muito populares: de favas, abóbora, ervilhas, couves, rábanos, toucinho... condimentadas com bastante canela e gengibre e mais tarde com açúcar. Era também costume colorir as sopas: açafrão para ficarem amarelas, leite de amêndoas para ficarem brancas.
A partir do século XVI, as cozinhas italiana e francesa deram o seu "toque de classe" à arte de preparar sopas. A primeira introduziu a novidade das massas e ervas aromáticas como o tomilho, os orégãos e a manjerona. Na França, os cozinheiros davam o seu melhor: cremes, bouillons, consommés... batizando as suas invenções com nomes de reis.
Sopas no mundo
Em Portugal os destaques são as canjas (que, segundo alguns especialistas, vieram da Índia), o caldo verde e as sopas de peixe; na Espanha, o "gazpacho" (com tomate, pepino, alho, pão e azeite); na França, a "soupe à l'oignon" (à base de cebola); na Inglaterra, a "oxtail" (sopa de rabo de boi); em Itália, o "minestrone" (feijão, massas e legumes); na China, a "sopa de ninhos de andorinha".
Sopas em Londrina
Se você gosta de sopas, mas não tem o menor talento para prepará-las, a dica e procurar uma restaurante especializado no prato. Em Londrina, os apreciadores de uma bela sopa podem recorrer ao Barraco da Sopa, que além de servir no local, faz entregas em domicílio.
Segundo o proprietário do restaurante, Ronny Takahashi, nas noites de inverno, ou em dias chuvosos, os pedidos são tantos que o restaurante chega a entregar 250 porções por noite. "Nosso público do delivery é bem diversificado, vai desde famílias, pessoas doentes, até hóspedes de hotel que precisam fazer uma alimentação leve, mas que sacie a fome", diz.
Entre as 15 opções de sopas e caldos, o cliente pode escolher entre o simples "caldinho de feijão" (com bacon e cheiro verde) até as exóticas "sopa húngara" (com vinho, carne bovina, páprica, cominho e caldo de batata) e a sopa eslava (com legumes, creme de leite, carne, especiarias e cheiro verde). Takahashi garante uma sopa quentinha e aconchegante ao final da entrega: "Utilizamos uma embalagem térmica e não entregamos mais de dois pedidos por vez".
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