Modo de preparo
- Misture todos os ingredientes do recheio em um recipiente e deixe descansar por uma hora em uma peneira sobre uma vasilha. A carne deve soltar um pouquinho de líquido
- Dissolva o fermento no sal e no açúcar. Adicione o óleo e o leite e misture bem
- Acrescente a farinha, uma xícara por vez, primeiro mexendo com uma colher de pau e depois com as mãos. Reserve a última meia xícara
- Quando começar a desgrudar das mãos, leve para uma superfície enfarinhada e vá trabalhando, colocando farinha aos poucos, quando começar a grudar
- A massa deve ser trabalhada por cerca de dez minutos e deve usar toda a farinha indicada. Se achar que já está lisa antes de a farinha acabar, pare. Se achar que precisa de um pouco mais, siga salpicando
- Deixe descansar na bancada por dez minutos
- Faça bolinhas iguais com a massa e deixe descansar mais dez minutos
- Abra as bolinhas com a mão e coloque o recheio sobre cada uma delas sem espremer ou apertar
- Feche as bordas formando um triângulo. Se quiser esfirras abertas, ignore este passo
- Salpique uma assadeira com farinha e disponha as esfirras com a emenda para baixo
- Pincele os salgados com um ovo batido
- Asse em forno médio preaquecido até que a superfície esteja dourada, por cerca de 20 a 25 minutos
Saiba mais
Pães assados com coberturas diversas existem em uma série de culturas e são extremamente comuns. Afinal de contas, é exatamente o que a pizza e a esfirra têm em comum e ambas também possuem suas versões fechadas. Por aqui, especialmente em São Paulo, as duas têm lugar cativo à mesa. Mas vamos nos ater ao querido salgado árabe no texto de hoje.
A esfirra como conhecemos por aqui foi absorvida dos costumes de imigrantes sírios libaneses desde o século passado. Em versões abertas (pequenas tortas redondas) e fechadas (em barcas ou triângulos), elas ganharam popularidade e, tal qual coxinhas e empadas, figuram na lista de salgadinhos imprescindíveis desde a cantina escolar até as festas infantis (mas não faça festas agora, por favor).
A receita de hoje é de família. Com massa diferente da tradicional, é muito fácil de fazer. Quase à prova de erros. Pensando do ponto de vista da química dos alimentos, não seria necessário tanto fermento. Porém, já testei esta receita de outras maneiras e o funcionamento perfeito é exatamente como explico abaixo.
Como recheio indico aqui o de carne, que é adicionada ainda crua à massa. É possível variar e fazer esfirras de queijo, frango, calabresa e o que mais quiser. Se preferir ficar nas influências árabes, tente recheio de queijo chancliche ou a massa aberta pincelada com azeite e zaatar (tempero típico feito, em geral, à base de tomilho, orégano, manjerona, gergelim torrado, coentro, sumagre e sal).
Para acompanhar, faça um molho de tahine, a pasta de gergelim também típica da cozinha árabe. Misture uma colher de sopa da pasta com suco de um limão e um quarto de xícara de água. Tempere com sal e pimenta e pronto!