Rota Gastronômica

Culinária mediterrânea é sinônimo de saúde

31 dez 1969 às 21:33

Pense em uma comida bonita, saborosa, cheirosa e também saudável, que alia alimentos frescos, legumes, ervas, azeites, frutos do mar e um bom vinho. Essas são as principais características da culinária mediterrânea, muito conhecida pela sua riqueza gastronômica e por ser uma das mais benéficas à saúde. Pesquisa realizada pela Escola de Saúde e Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostra que os pratos típicos da região Mediterrânea, no sul da Europa, proporcionam maior longevidade, evitando doenças cardíacas e o câncer.

De preparo rápido e com qualidades medicinais, as receitas não possuem frituras, o que deixa as iguarias ainda mais naturais e saudáveis. Flores como alcachofra, alcaparra, lavanda e botões de margarida também são utilizadas nos pratos. O renomado chef baiano, João Silva, do restaurante Grande Chef, de Salvador, concorda. "A culinária mediterrânea é extremamente saudável, já que os alimentos são todos cozidos e grelhados", diz ele.


É o caso da codorna recheada com centeio e aroma de ervas frescas. Desossada, ela é recheada com farofa de passas e tâmaras. Também fazem parte do menu mediterrâneo do Grande Chef o pargo no papelote, o agulhão negro grelhado e o robalo cozido. "Uma das nossas principais preocupações é a saúde dos clientes, por isso eu mesmo supervisiono de perto todos os produtos para verificar se de fato estão frescos", explica João.


História da Culinária Mediterrânea


O mar Mediterrâneo se encontra entre a Europa, a Ásia e a África e é considerado o maior do mundo em extensão e quantidade de água. Localizados às margens do mar Mediterrâneo, países como Itália, Espanha, França, Croácia e Marrocos sempre inspiraram novidades, que posteriormente eram absorvidas pela cozinha européia. A grande revolução no conceito dessa culinária está no tempo de preparo dos alimentos e nos seus condimentos. Antigamente, preparar uma refeição demorava dias e seus sabores eram mascarados pelo uso de uma grande quantidade de temperos. Esses recursos eram empregados para disfarçar a dificuldade de armazenar alimentos que as civilizações tinham na época.

Na Idade Média, principalmente no interior, era necessário condimentar muito os pratos para disfarçar o gosto de estragado. Por isso, a culinária dessa época tem três sabores característicos: o doce, por causa do açúcar; o ácido, conquistado com o vinagre, e o forte, devido às especiarias. Já no Mediterrâneo, a maioria dos alimentos era fresca, porque as frutas e os legumes eram colhidos próximos do local de consumo. (Das agências)


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