A Bahia registrou a primeira morte causada do País pela influenza A H3N2 Darwin. A vítima, uma mulher de 80 anos que residia em Salvador e não estava vacinada contra a doença, era portadora de doença cardiovascular crônica e diabete.
Segundo a Secretaria de Saúde de Londrina, até o momento a presença do H3N2 ainda não foi identificada aqui na cidade. A pasta esclarece que a vacina da influenza está no calendário vacinal, e é disponibilizada todo ano.
A imunização aplicada pelo município é trivalente, ou seja, contempla as cepas H1N1, H3N2 Hong Kong e Influenza B. A pasta reforça que a vacinação contra a influenza continua sendo feita nas UBS (unidades básicas de saúde) que não aplicam vacinas da Covid. No entanto, o infectologista Diogo Rossi, da Unimed de Londrina, apontou que é possível que essa vacina trivalente não seja eficaz contra essa nova cepa da H3N2, denominada Darwin.
Leia mais:
Droga injetável contra HIV é eleita descoberta de 2024 pela revista Science
Estudo sugere que consumo de chocolate amargo está ligado à redução no risco de diabetes tipo 2
Lula tem alta da UTI e passa a ter cuidados semi-intensivos no hospital
Grupos no Facebook promovem "inseminação caseira" e geram polêmica nas redes sociais
“O que está acontecendo é a mesma coisa que está acontecendo com a Covid nos últimos dois anos. O vírus vai sofrendo algumas mutações em seu material e surgem novas variantes. Assim como o SARS-CoV-2 teve mudanças, a Influenza do tipo A também sofreu mutações e ficou diferente do que a vacina cobre, e acaba escapando da proteção vacinal”, ressaltou Rossi.
O supervisor da Clínica de Vacinas do Plano de Saúde Hospitalar, André Barroso, ressaltou que essa morte na Bahia não foi causada pela falta de cobertura da vacina. “O caso dela foi pela não vacinação”, apontou. “Oficialmente, não vi nenhuma publicação dizendo que foi pela não cobertura da cepa na vacinação”, apontou.
A Secretaria de Saúde de Londrina não teve tempo hábil para levantar qual foi o percentual da população imunizada contra a influenza e sobre o comparativo com os outros anos.
Já a Clínica de Vacinas da Unimed registrou, em 2019, aproximadamente 17.500 doses de vacina contra a influenza aplicadas e em 2020 esse número caiu para 13.700, porque houve falta de vacina por conta da pandemia.
Em 2021 já foram aplicadas 19.750 e a Unimed está fazendo a aplicação de uma dose de reforço, porque sobraram doses que vencem no dia 26 de janeiro, e ela está fazendo essa aplicação gratuita para clientes.
A gerente da clínica da Unimed Londrina, Zenaide Leão, ressaltou que esse reforço não tem relação com o surto em outros Estados.
“A quadrivalente já contempla a influenza tipo A H1N1 e a H3N2 e mais duas cepas de Influenza B. Só que a H3N2 deste ano é a Hong Kong e na do ano que vem já deve vir contemplada a Darwin”, apontou.
Já André Barroso afirmou que mais ou menos 4 mil doses foram aplicadas no público do Hospitalar. “Em 2020 foram aplicadas 6 mil doses e elas acabaram em 30 dias. Ano a ano depende muito do termômetro do que acontece no Brasil”, ressaltou.
Leia mais na Folha de Londrina.