Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Falta de controle

Brasil não sustenta queda na transmissão de coronavírus, indica cálculo

Ana Estela de Sousa Pinto - Folhapress
26 ago 2020 às 10:35
- Rovena Rosa/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A velocidade de contágio pelo novo coronavírus voltou a crescer no Brasil, depois de ter descido pela primeira vez desde abril a níveis de controle, na semana passada. Os cálculos, com base no número de mortes por Covid-19, são do Imperial College, referência em acompanhamento de epidemias.


Segundo o centro de doenças transmissíveis da universidade britânica, a taxa de transmissão (Rt) brasileira para a semana que começou neste domingo é 1, ou seja, cada infectado transmite a doença para uma pessoa, mantendo constante o contágio.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Na semana anterior, o índice do país desceu pela primeira vez em quatro meses abaixo de 1, o que indica uma desaceleração da transmissão. Na América do Sul, outros países já haviam feito o mesmo movimento sem manter o recuo, como Equador e Bolívia.

Leia mais:

Imagem de destaque
Ansiedade e estresse

Consumir conteúdos com velocidade aumentada pode impactar na saúde mental; entenda

Imagem de destaque
20 atendimentos por dia

Clínica de Fisioterapia busca pacientes com lesões neurológicas e gestantes para atendimento gratuito em Londrina

Imagem de destaque
Visibilidade e direitos

Paraná promove mutirão para emissão da Carteirinha do Autista

Imagem de destaque
Na próxima quarta

'Por que o intestino é considerado o segundo cérebro?' é tema de live da Associação Médica de Londrina


O Chile, que ficou oito semanas com a taxa de contágio em desaceleração, voltou a apresentar Rt = 1. O Peru é nesta semana o único país sul-americano a ter sua taxa de transmissão abaixo de 1 pelo Imperial College. O país registrou 0,98, o que indica que cada 100 infectados contagiam outros 98, que por sua vez passam o vírus para 96, depois 94, reduzindo o alcance do patógeno.

Publicidade


Em entrevista nesta terça (25), a Opas, braço americano da OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou para a necessidade de manter a vigilância no continente.


Segundo o órgão, apesar de vários países apresentaram menor velocidade de expansão da doença, os patamares ainda são altos e tanto governos quanto indivíduos devem manter medidas de prevenção.

Publicidade


São sete os países da América do Sul com transmissão fora de controle, de acordo com o centro britânico, que acompanha todos os que tiveram ao menos dez mortes em cada uma das duas últimas semanas.


O maior Rt foi calculado para o Equador (1,32), seguido pelo Paraguai (1,27) e Argentina (1,12). Colômbia registrou 1,05 e Bolívia, 1,02. Segundo o relatório mais recente da OMS, divulgado na terça, só Uruguai e Guiana não apresentam transmissão comunitária entre os sul-americanos. Nos dois países, há apenas focos isolados.

Publicidade


Ao todo, o número de países acompanhados pelo Imperial College por estarem com transmissão ativa vêm crescendo. Eram 51 na primeira semana de maio e agora são 70. Nesses quatro meses, 23 países controlaram o contágio e deixaram de ser monitorados, entre eles Itália, Dinamarca, Noruega, Coreia do Sul, Quênia e Emirados Árabes Unidos.


O Imperial College calcula a taxa de transmissão com base no número de mortes reportadas, porque o dado é menos sujeito a subnotificações que o de casos registrados; como há uma defasagem entre o momento do contágio e a morte, mudanças nas políticas de combate à epidemia levam em média duas semanas para se refletirem nos cálculos.

Publicidade


Na quinzena encerrada nesta terça, o Brasil registrou 268 novos casos por 100 mil habitantes, uma queda de cerca de 7% em relação aos da quinzena encerrada há uma semana e de 8% em relação aos da quinzena encerrada há duas semanas, mas ainda acima dos 257/100 mil contabilizados há um mês.


Em relação ao tamanho da população, Peru, Colômbia e Panamá apresentam mais novos casos na quinzena que o Brasil: 361, 306 e 285 novos casos por 100 mil habitantes, respectivamente.


O Brasil voltou ao topo das estimativas de número de mortes para a semana, nos cálculos do Imperial College: 7.220 (os Estados Unidos não entram no relatório, pois seus dados são calculados por estado, em estudo à parte). A Índia vem em seguida, com 6.970, e para o México são previstas 3.500 mortes.

Com base no número de mortes, o Imperial College também estima a acurácia do número de casos informados pelos países. Este indicador no caso brasileiro é de 63% nesta semana, ou seja, o país registra cerca de dois terços dos casos de Covid-19.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade