Libéria, Guiné e Serra Leoa optaram por medidas diferentes para testar a eficácia da vacina. Até agora, ensaios clínicos só tinham sido realizados em animais, que reagiram positivamente ao ser expostos ao vírus ebola.
O ensaio clínico com a vacina do ebola, atualmente sendo testada na Libéria, começará também a ser feito na Guiné e Serra Leoa, anunciou, nesta terça-feira (03), a Organização Mundial da Saúde (OMS). A porta-voz da OMS, Margaret Harris, explicou as medidas de cautela sendo adotadas para comprovar a eficácia da vacina.
Até agora, ensaios tinham sido realizados em animais, que reagiram positivamente ao ser expostos ao vírus ebola. Por isso, um dos cuidados tomados nos três países envolve o esclarecimento de que a vacina serve para a prevenção – e não para a cura ou tratamento – e que todos os participantes devem ser voluntários em um ensaio clínico.
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Na Libéria, 30 mil voluntários participam do programa em clínicas e hospitais. Segundo a OMS, o governo do país, em parceria com o Instituto de Saúde Nacional dos Estados Unidos, realizará testes com duas vacinas e compará ambas com um grupo placebo.
A Guiné optou por outra estratégia e a vacinação usará um enfoque parecido ao usado para erradicar o vírus da catapora. O "ensaio de vacinação em anel" visa vacinar todas aquelas pessoas dentro do círculo de contato de uma pessoa contaminada para analisar se esse método previne novas infecções.
Na Serra Leoa, as equipes vacinarão áreas completas, principalmente na região ocidental do país, onde há altos níveis de transmissão. A campanha acompanhará a evolução do número de contágio nesta determinada zona, para verificar se a medida funcionou como forma de proteção.