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Tratamento

Ainda é elevado o índice de mulheres com HIV+ no Brasil

Redação Bonde / Assessoria de Imprensa
14 nov 2014 às 15:04

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- Reprodução
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Dos casos notificados de HIV+ em mulheres, 91,2% tem a transmissão sexual como principal causa e 96,6% das mulheres contaminadas vivem relação heterossexual. No mundo, a cada minuto, uma mulher é infectada. Fatores biológicos tornam a mulher de duas a quatro vezes mais suscetível ao HIV do que homens.

A recomendação é incluir o teste para HIV nos exames de rotina e iniciar o tratamento o quanto antes: quando tratada adequadamente, a aids é uma doença crônica que pode ser controlada

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Mulheres acima de 50-55 anos, casadas, heterossexuais, na sua maioria com ensino fundamental incompleto. Este é o grupo da população brasileira, em que a doença mais tem avançado nos últimos anos, como explica a infectologista Simone Tenore, da Universidade Federal do Estado de S. Paulo (UNIFESP) e do Centro de Referência e Treinamento em aids, do Estado de S. Paulo (CRT-Aids):

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"A epidemia da aids não está controlada e vem crescendo entre as mulheres, principalmente entre aquelas acima dos 50-55 anos, que não foram habituadas ao uso de medidas preventivas e que acreditam na fidelidade de seus cônjuges", afirma. "Entre estas mulheres, o diagnóstico e o início do tratamento são tardios, pelo estigma e preconceito que a doença ainda pode gerar".

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Em 1990, o Brasil registrava 1 caso de HIV+ em mulheres a cada 15 homens; a partir de 1991-92, houve um crescimento progressivo entre as mulheres, chegando a 2001 com 1 caso a cada 1,7 homens. Segundo estatísticas globais, as mulheres formam o grupo de mais rápido crescimento da infecção, somando já cerca da metade de todos os casos de aids no mundo.


Nessa faixa etária, a doença é também relacionada à depressão, baixa estima e forte sentimento de culpa – fatores que afastam as mulheres do diagnóstico e do tratamento precoce.

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"As mulheres mais velhas – assim como as muito jovens – acabam acreditando que a fidelidade é proteção contra a doença e vem descobrir a infecção tardiamente – quando os primeiros sintomas da doença, que surgem geralmente após 10 anos da contaminação. Estas mulheres acabam deixando a sua própria saúde em último lugar na lista de suas prioridades".


Mulheres Jovens

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Segundo dados mundiais, a infecção de mulheres entre 15-24 anos é duas vezes o número de homens infectados na mesma faixa etária. No Brasil, esta é também a faixa etária mais acometida.


Das gestantes entre 15-19 anos, 10,8% são HIV+ e a maioria sabe de sua condição depois de ficarem grávidas durante os exames de pré-natal. Assim como na faixa acima dos 50 anos, a maioria das gestantes infectadas entre 20-29 anos têm ensino fundamental incompleto.

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AiIDS no Brasil - Estimativas brasileiras sugerem que no Brasil existem 718 mil pessoas vivendo com o HIV. Nos últimos 10 anos, a infecção por HIV cresceu cerca de 2%, sendo que as maiores taxas de crescimento da doença são registradas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas e Rio de Janeiro.


As regiões Norte e Nordeste respondem pelo maior crescimento de casos, com 92,7% e 62,6% nos últimos 10 anos. É também no Norte e Nordeste, o maior índice de mortalidade por aids nos últimos 10 anos (60% de crescimento e 33,3% respectivamente).

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Até 2013, a aids não era doença de notificação obrigatória no Brasil.


Prevenção


Ainda não existe vacina contra HIV; a forma mais eficaz para combater a doença é a prevenção, evitando os chamados comportamentos de risco, como manter relações sexuais sem proteção e compartilhar seringas.

Para informações sobre a doença, medidas preventivas e onde fazer o teste para o HIV, clique aqui.


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