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Conferência Internacional

Brasil assume compromisso para melhorar nutrição

Redação Bonde/ Portal Brasil
20 nov 2014 às 16:01

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- Reprodução
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Representando o governo brasileiro na 2ª Conferência Internacional de Nutrição da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em Roma (Itália), o ministro da Saúde (MS), Arthur Chioro, ressaltou que o enfrentamento da má-nutrição exige políticas complementares e intersetoriais.

De acordo com a defesa apresentada pelo ministro durante a Conferência, que acontece até sexta-feira (21), envolver as diversas políticas de governo é novo desafio dos países na busca pela melhoria da nutrição no mundo, redução da obesidade e erradicação da fome mundial.

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Arthur Chioro chefia a delegação brasileira, que reúne cerca de 40 pessoas, entre representantes do governo, parlamentares e da sociedade civil. Ao final do encontro, os participantes assinarão dois documentos que atestam o compromisso contra má nutrição: a Declaração de Roma sobre a Nutrição e o Marco de Ação.

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A 2ª Conferência Internacional de Nutrição reúne representantes de países membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da FAO e acontece 22 anos após a primeira conferência, realizada em 1992.

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Apesar de reconhecer avanços, o alerta dos dois organismos internacionais é de que o planeta ainda tem mais de 840 milhões de pessoas cronicamente subnutridas.


Relatório da FAO aponta o Brasil como referência internacional no combate à fome, tendo cumprido com antecedência os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio em relação à redução da pobreza.

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Recente pesquisa dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome demonstrou que a desnutrição crônica, que reflete longos períodos de exposição a situações de fome e miséria, inclusive no ventre da mãe, caiu 51,4% entre as crianças beneficiárias do programa Bolsa Família acompanhadas durante cinco anos.


Para o ministro da Saúde, os resultados positivos conquistados nas últimas décadas são fruto do alinhamento de políticas sociais, de saúde e educação, combinadas com a política econômica e de proteção social.

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"A valorização do salário mínimo e a recuperação do poder de compra do trabalhador levaram mais de 42 milhões de pessoas à classe média. O Programa Bolsa Família tirou da linha de pobreza mais de cinco milhões de brasileiros. Isso possibilitou a população ter acesso à alimentação, e a fome hoje caminha para tornar-se um fenômeno isolado no Brasil", comemorou o ministro.


Chioro ressaltou ainda, ao pensar nas políticas de alimentação e nutrição, que é preciso levar em consideração as diferentes faces da insegurança alimentar e nutricional, que levam a desfechos como desnutrição, carências de micronutrientes, excesso de peso, obesidade e doenças crônicas associadas à alimentação inadequada.

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Além do programa Bolsa Família, o Brasil vem investindo em outras ações que estão contribuindo para a redução da desnutrição crônica no País, como a suplementação nutricional com sulfato ferroso para crianças de seis a 24 meses e de vitamina A para menores de cinco anos.


Somente em 2014, o Ministério da Saúde investiu R$ 30 milhões na suplementação, que já beneficiou cerca de 2,3 milhões de crianças.

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A Política Nacional de Aleitamento Materno também tem conseguido ampliar as taxas de aleitamento de forma significativa e contribuído efetivamente para que o país atingisse as metas internacionais.


Nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, o tempo médio de aleitamento materno aumentou em um mês e meio entre 1999 a 2008.

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Em paralelo ao combate à fome, outro problema que deve ser enfrentado pelos países, segundo a presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan, é o crescimento constante da obesidade.


Nesse sentido, o diretor geral da FAO, José Graziano, destacou que há 22 anos não se imaginava que uma conferência sobre nutrição fosse preocupar-se com o crescimento da obesidade. "Temos todos os recursos e há alimentos para todos de forma adequada, mas isso não tem se transformado em alimentação saudável para todos", acrescentou.


Ao final do evento, os países assinarão a Declaração de Roma sobre a Nutrição, que responderá às questões e desafios atuais relacionados com a nutrição e o Marco de Ação, que reúne uma lista com 60 recomendações de políticas e estratégias que podem ser incorporadas nos planos dos países.

O ministro da Saúde reafirmou o compromisso do Brasil em participar ativamente da discussão e adoção de medidas que reduzam a obesidade e o sedentarismo na agenda de desenvolvimento pós-2015. "Vamos empreender esforços para implementar as ações da Declaração Política de Roma e de seu Marco de Ação, na busca da melhoria da nutrição no mundo", reforçou Chioro em seu discurso.


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