Corpo & Mente

Câncer de pele pode ser evitado com medidas simples

27 dez 2019 às 10:01

Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) apontam o câncer de pele como o tipo de maior incidência entre os brasileiros, correspondendo a cerca de 30% dos diagnósticos de câncer. A cada ano, cerca de 180 mil novos casos são registrados em todo o país, colocando a comunidade médica e os órgãos do setor em alerta.

Andrea Oliveira, cirurgiã plástica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que fatores predisponentes, como as listadas abaixo, são as principais causas de uma incidência alta e de diagnósticos de lesões mais avançadas:


• Tipos de pele (mais claras e mais sensíveis);


• Exposição solar (país tropical e de alta incidência de solaridade anual);


• Agravantes como falta de proteção solar diária e de exames de rotina para câncer de pele.


A médica, que é membro titular da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e do Grupo Brasileiro de Melanoma, também ressalta que a maioria dos casos de câncer de pele podem ser evitados com medidas simples de fotoproteção.


"O uso de protetor solar é muito associado às atividades externas, principalmente ao lazer em praias e piscinas. No entanto, a exposição solar diária, durante as atividades rotineiras do dia a dia, como na locomoção a pé, no carro ou transporte coletivo, nas atividades de educação física e, especialmente, dos trabalhadores ao ar livre, é muito mais danosa à saúde da pele do que a exposição intencional”, afirma a especialista.


Ainda sobre o uso do protetor, a profissional afirma que, mesmo com o Fator de Proteção Solar (FPS) adequado, a exposição solar deve ser até as 10 horas da manhã e a partir das 16 horas, sempre; não se esquecendo da proteção adicional de chapéus e óculos com lentes adequadas.


"Além disso, o protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas, ou após mergulhar no mar ou piscina. Aos atletas, existem protetores mais estáveis ao suor”, conta.


A especialista alerta que o câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Desta forma, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade.


Apenas um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar atento aos seguintes sintomas:


• Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;


• Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;

• Uma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.


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