A pele é constituída de três camadas, sendo a derme a camada intermediária. Nesta, são produzidas fibras de colágeno e elastina, que lhe conferem sustentação e elasticidade. As estrias aparecem quando estas fibras são rompidas. Elas ocorrem em 80% das grávidas e sempre no final da gestação.
As áreas mais afetadas são abdome, nádegas, quadril e mamas. São mais frequentes na 1 gravidez e quando não surgem nesta ocasião, é pouco provável que o façam depois.
O aumento do volume corpóreo e a produção elevada de cortisol e estrógenos são as principais causas determinantes do seu aparecimento, mas a predisposição genética também é fator importante.
Leia mais:
Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional
Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul
'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento
Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória
Inicialmente, as lesões são avermelhadas ou róseas, evoluindo mais tarde para uma tonalidade esbranquiçada. Em pessoas de pele morena, elas podem ser mais escuras que a pele sadia. Não são dolorosas, porém podem coçar levemente.
Fatores que contribuem para o aparecimento de estrias
- Genética
- Estrias em uma gestação anterior
- Ganho de peso rápido e/ou excessivo da gestante
- Bebês com excesso de peso
- Nutrição e hidratação da pele
- Etnia (pessoas de pele negra têm menor incidência)
Como prevenir
- Aplicar cremes específicos (com raffermine, por exemplo) nas áreas de risco
- Usar sutiãs com alças e bojos reforçados
- Controlar o peso
- Reduzir o inchaço (drenagem linfática)
Como tratar
As estrias são lesões irreversíveis, portanto, não existe um tratamento que faça a pele voltar ao que era antes. Os tratamentos visam melhorar o aspecto das lesões, estimulando a formação de tecido colágeno, tornando-as mais semelhantes à pele ao redor.
Para isso, várias técnicas podem ser empregadas
- Creme com ácido retinóico: não pode ser utilizado durante a gravidez e no período de aleitamento.
- Peelings: os peelings consistem na aplicação de ácidos em alta concentração na pele.
- Subcisão: introduz-se uma agulha especial ao longo e por baixo das estrias, com movimentos de ida e volta.
- Dermoabrasão: é o ''lixamento'' das estrias.
- Intradermoterapia: consiste na injeção, ao longo e sob as estrias, de substâncias que provocam uma reação inflamatória local.
Os melhores resultados costumam aparecer com a associação de mais de um método. As estrias recentes respondem melhor ao tratamento, portanto, quanto mais rápido for instituído, mais eficaz será.
Leandro Neme, dermatologista