Empresas como o Facebook e a Apple anunciaram que irão financiar o congelamento de óvulos de suas funcionarias para que as mulheres possam adiar a maternidade sem preocupações com o impacto da idade na queda da reserva ovariana.
Quando bem sucedido, o congelamento de óvulos permite que a mulher tenha maior segurança em relação ao seu futuro reprodutivo e possa programar o melhor momento de ser mãe, independente da idade.
As taxas de sucesso com o congelamento de óvulos tem se mostrado cada vez mais promissoras. Além disso, estudo publicado em outubro de 2014 na revista Fertility Sterility, uma das mais respeitadas da área, demonstrou não haver diferença nos resultados obstétricos e perinatais de gestações decorrentes de óvulos congelados quando comparados com óvulos a fresco.
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Esta medida é um grande avanço para as mulheres, uma vez que cada vez mais dificuldades decorrentes do "relógio biológico" fazem parte da realidade de nossos consultórios, sendo que em muitos casos, independente das técnicas de reprodução assistida, as mesmas não conseguem realizar o sonho da maternidade.
"Obviamente considero a mulher cada vez mais apta e preparada ao mercado de trabalho, e concordo com esta esta medida desde que seja realizada da forma mais transparente e natural possível", opina o ginecologista obstetra Dr. Alfonso Massaguer. "O congelamento também não pode ser uma condição e nem um empecilho à contratação e ao crescimento da mulher no mercado de trabalho e dentro destas empresas", completa a ginecologista Dra. Paula Fettback.
O fato é que a realidade mudou rapidamente e a maioria das mulheres quando percebem que o tempo passou acabam se deparando com dificuldades para constituir uma família. É responsabilidade dos médicos ginecologistas gerais e da sociedade como um todo que as mulheres recebam informações fidedignas e coerentes sobre seu futuro reprodutivo, e que possam decidir e ter o direito do congelamento de óvulos.