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Conheça os alimentos que os pré-diabéticos devem evitar

12 nov 2019 às 08:27

Atualmente, sabe-se que a condição de pré-diabetes afeta 15 milhões de brasileiros e é uma condição intermediária entre o saudável e o diabético. Para o tratamento de pré-diabetes, com o objetivo de fazer com que o quadro não evolua para diabetes, o paciente precisa adotar um estilo de vida saudável, que inclui a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada, e, em alguns casos, precisa aderir ao uso de medicamentos.

A alimentação balanceada é um dos principais fatores para diminuir as chances de uma pessoa com pré-diabetes desenvolver o diabetes. A dieta adequada é fundamental no tratamento e, quando aliada à atividade física e, em alguns casos, ao uso de medicamentos, pode diminuir os riscos de evolução da doença.


O ideal não é seguir um regime restritivo, mas sim ter uma reeducação alimentar. "A indicação é escolher opções mais saudáveis, mas sem ser radical. Dessa maneira, a adesão ao novo estilo de vida será mais duradoura”, explica Roberto Zagury, endocrinologista e mestre em nutrologia.


Apesar de atingir 15 milhões de brasileiros, o pré diabetes é desconhecido por 42% da população do país, segundo pesquisa do Ibope, encomendada pela Merck, empresa líder em ciência e tecnologia. A grande maioria acredita que a simples ingestão de doces isolada já é causa de surgimento para a doença, enquanto apenas 41% sabem que o consumo de bebidas alcoólicas com frequência também é um agravante.


A principal recomendação ao começar uma readequação alimentar a fim de combater o pré-diabetes é reduzir a ingestão de açúcar, presente não apenas nos doces, mas também em alimentos muito processados. O consumo frequente desses alimentos aumenta os níveis de glicemia, que é a quantidade de glicose no sangue.


Comidas feitas com farinha branca também são inimigas dos pré-diabéticos. Ela tem uma ação semelhante ao açúcar e também aumenta a taxa de glicose no organismo. O consumo em excesso pode levar ao aumento de triglicérides e incidência do diabetes. Além disso, os alimentos com grandes quantidades de farinha branca também podem levar à compulsão alimentar, já que não geram saciedade.


Zagury recomenda que os pacientes com pré-diabetes apostem em grãos e cereais integrais, que contêm mais nutrientes e, por terem um baixo índice glicêmico, acabam fazendo com que a glicose seja liberada mais lentamente no organismo, deixando o corpo saciado por mais tempo. "Muito além de cortar doces, é importante fazer escolhas corretas no momento de se alimentar, com opções ricas em nutrientes”, complementa.


Legumes e verduras são igualmente essenciais para ajudar no tratamento, pois além de conterem vitaminas e minerais, possuem muitas fibras que impactam também no controle da obesidade e de outras doenças crônicas, como as do coração.


Além de prestar mais atenção na hora de comer, é importante adotar a atividade física na rotina. O exercício ajuda no controle do peso e nos níveis de glicose e reduz a resistência à insulina. "O ideal é praticar pelo menos 30 minutos de atividade física por dia. E é possível fazer trocas simples, como ir de bicicleta ou caminhando até o trabalho. Ou também abolir o elevador e só subir para os lugares de escada", explica Zagury.


Sobre o pré-diabetes - O pré-diabetes é uma condição que afeta 15 milhões de brasileiros, mas que possui tratamento. De acordo com o especialista, o termo é utilizado para definir a categoria de risco aumentado para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. A sua identificação é feita pela medição dos níveis de glicose no sangue: quando estão mais altos do que o considerado normal, porém não o suficiente para estabelecer um diagnóstico de diabetes.


"Estima-se que cerca de 70% dos indivíduos com glicemia de jejum alterada e/ou tolerância à glicose diminuída, quando não tratados, desenvolvem o diabetes mellitus tipo 2 (DM2)", alerta Zagury.

Além do alto risco de desenvolver diabetes tipo 2, pessoas com pré-diabetes podem apresentar uma série de complicações, como retinopatia (doença que afeta os pequenos vasos da retina), neuropatia (doença que afeta os nervos, estruturas responsáveis por conduzir as informações do cérebro até os membros), AVC (Acidente Cardiovascular Cerebral), doenças cardiovasculares e doenças renais.


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