O corpo da bebê Sofia Gonçalves de Lacerda, que morreu no dia 14 de setembro, foi velado e cremado neste domingo (20) em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos. Familiares, médicos e amigos estiveram presentes na cerimônia, que foi transmitida pela Internet. Milhares de pessoas, entretanto, não conseguiram acompanhar a cerimônia, já que a quantidade de acessos derrubou o servidor da página disponibilizada.
De acordo com Patrícia Gonçalves, mãe de Sofia, a decisão de cremar o corpo de Sofia se deu para evitar a burocracia. "Optamos por cremá-lo, já que o traslado [do corpo], se fosse realizado, levaria muito tempo", disse. Patrícia informou ainda que a família irá terminar de fazer os acertos burocráticos e que ainda não definiu a data da volta para o Brasil, mas que irá trazer as cinzas da filha para o país. "Quero ela sempre ao meu lado", disse Patrícia, que pediu ainda para que imagens da cerimônia não fossem divulgadas pela imprensa, pelos presentes no velório ou por quem o acompanhou pela Internet.
Guerreiros
Segundo relatos de internautas que acompanharam a cerimônia, Patrícia e o pai da menina, Gilson, foram chamados de "guerreiros" pelo pastor que realizou a cerimônia. O religioso lembrou ainda a luta da menina, que morreu com um ano e oito meses. Portadora de uma síndrome rara que afetava o sistema digestório, ela passou pelo transplante de cinco órgãos, mas acabou morrendo depois que contraiu uma bactéria que debilitou seus pulmões.
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"Vocês são exemplos encorajadores. Há pais que se acomodam, que simplesmente deixam seus filhos partirem sem lutar, e esse não é o caso de vocês. Vocês não aceitaram os inúmeros 'nãos' que receberam e deram a Sofia a chance de lutar. Mas a Bíblia diz que o homem faz planos, mas a resposta final é do Senhor", disse o religioso, de acordo com relatos de internautas.
O médico brasileiro Rodrigo Vianna, diretor do Jackson Memorial Hospital, em Miami, que cuidou de Sofia, compareceu à cerimônia e ressaltou que Sofia ficará para sempre na memória de todos. "Ela lutou pela vida e durante o pouco tempo que esteve entre nós foi muito amada. É frustrante saber que perdemos essa batalha, mas tanto os pais quanto nós temos a certeza de que fizemos tudo o que foi possível. A história dela é linda e certamente ficará como exemplo", disse.
Houve ainda uma série de homenagens a Sofia em várias cidades do Brasil. Em Sorocaba, onde a menina ficou internada antes de viajar para Miami, centenas de pessoas se vestiram de branco e em seguida fizeram uma oração e soltaram balões.
Houve também missas e cerimônias em Bauru, São Paulo e Ribeirão Preto, além de milhares de mensagens se solidarizando com a família nas redes sociais.
(com informações do site UOL)