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Doenças nos olhos aparecem com maior frequência no verão

Redação Bonde
14 dez 2011 às 16:19

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- Divulgação
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O verão é a estação preferida para a proliferação de bactérias que provocam inflamações na superfície dos olhos – conjuntivite, ceratite e blefarite. São doenças que atingem 1 em cada 4 brasileiros em algum momento do verão. É o que mostra levantamento feito pelo oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, nos prontuários de pacientes do Instituto Penido Burnier, atendidos nos períodos de dezembro a março dos últimos dois anos.

Por causa do surto de conjuntivite viral que aconteceu no último inverno, o médico alerta para o risco de comprometimento maior da visão nos casos de recontaminação da conjuntiva por vírus ou bactéria.

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Isso porque, a toxidade dos conservantes dos colírios pode provocar deficiência de lágrima e piorar a irritação ocular, ao ponto de provocar danos na superfície dos olhos. Os principais grupos de risco são: alérgicos, mulheres na pós-menopausa, idosos, pessoas que trabalham em ambientes com ar condicionado, usuários de lente de contato.

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Queiroz Neto diz que os sintomas da toxidade do conservante e dos dois tipos de conjuntivite são idênticos – olhos vermelhos, inchaço, coceira, fotofobia e visão borrada. A única diferença é o tipo de secreção. Na conjuntivite viral é viscosa e incolor, enquanto na bacteriana é purulenta.

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Já a insistência em usar um colírio cujo conservante provoca reação tóxica pode causar blefarite (inflamação das pálpebras) ou ceratite (inflamação da córnea). Nos casos mais graves, Queiroz Neto diz que ocorre a formação de depósitos que levam à morte celular dos tecidos oculares e provocam baixa visual.


O acompanhamento médico é a única forma de evitar complicações. "Quando se trata de uma reação à toxidade do conservante os sintomas podem desaparecer completamente só com a interrupção do medicamento. Se ocorrer apenas uma melhora, o colírio é trocado" afirma.

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Como prevenir


As principais recomendações para evitar a contaminação da conjuntiva por vírus ou bactéria são: lavar frequentemente as mãos, evitar aglomerações e locais fechados, não compartilhar maquiagem, fronhas, toalhas e colírios, evitar levar as mãos aos olhos, higiene das pálpebras evita inflamação.

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O médico explica que no verão a maior produção de oleosidade pela pele facilita o desenvolvimento da blefarite (inflamação da pálpebra). Tanto que a blefarite seborréica responde por 70% dos casos da doença. "As mulheres são mais afetadas por causa do uso de maquiagens que contêm óleo na fórmula. Isso facilita a obstrução das glândulas de Meibômio, responsáveis pela produção da camada oleosa da lágrima" afirma.


Os cuidados que previnem o surgimento da doença são:

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· Evitar maquiagem a qualquer desconforto.


· Limpar a pálpebra 2 vezes ao dia com solução específica para blefarite.

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· Diariamente aplicar nas pálpebras 2 a 3 compressas de água quente filtrada .


· Massagear a pálpebra com movimentos circulares e horizontais 2 vezes por semana.

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· Adicionar nozes e sementes linhaça à alimentação,


· Interromper o uso de lente de contato.


Cuidados nas viagens aéreas


O especialista diz que quem usa lente de contato deve estar atento não só com as fórmulas dos colírios, como também com as viagens aéreas. Isso porque, nas cabines pressurizadas a umidade do ar cai a 20% ou 30%. Por isso, as lentes devem ser retiradas para evitar ferimentos na córnea.


Outras recomendações para evitar problemas com lentes de contato são: fazer a adaptação com um oftalmologista, interromper o uso a qualquer desconforto ocular e passar por consulta médica, lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes, utilizar soluções limpadoras na higiene e enxágüe das lentes e estojo, friccionar as lentes para eliminar completamente os depósitos, não usar soro fisiológico ou água na higienização, retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo, colocar as lentes sempre antes da maquiagem, guardar o estojo em ambiente seco e limpo, trocar o estojo a cada quatro meses, respeitar o prazo de validade das lentes, jamais dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno, retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas e não entrar no mar ou piscina usando lentes.

LDC Comunicação


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