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Traz inúmeras consequências

Dormir pouco não faz bem à saúde, alertam médicos

Redação Bonde
05 abr 2016 às 14:57

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Especialistas já podem confirmar, com total certeza, que a humanidade está dormindo cada vez menos."Os problemas de sono constituem uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de mais de 45 porcento da população mundial", diz a Associação Mundial de Medicina do Sono (WASM, na sigla em inglês).

Em nota, a associação completa dizendo que dormir bem é um dos três pilares fundamentais para ter uma boa saúde, ao lado de uma dieta equilibrada e exercícios regulares.

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Para Shirley Cramer, diretora executiva da Sociedade Real de Saúde Pública da Espanha, muitos dizem dormir de quatro a cinco horas por dia, mas isso não é algo de que se gabar.

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Mas você sabe quais são os três elementos necessários para dormir bem?

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1. Duração: Suficiente para ficarmos descansados e alertas durante o dia (entre 7 e 9 horas por dia)
2. Continuidade: Dormir sem interrupções para que o sono seja efetivo
3. Profundidade: O sono deveria ser suficientemente profundo para que seja restaurativo


Cramer diz que a falta de sono possui impactos altamente nocivos na saúde física e mental. "Sabemos, por várias pesquisas, que quem tem privação de sono possui risco muito mais alto de ter doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e depressão."

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Estas são algumas formas pelas quais dormir pouco pode afetar sua saúde:


1. Dieta ruim
"A falta de sono faz com que nos alimentemos pior", diz Cramer. De acordo com um estudo do órgão espanhol, mais de um terço das pessoas come mal quando dorme pouco.

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O motivo, segundo a especialista, é que nessa situação costumamos comer alimentos pouco saudáveis, e por isso a falta de sono está vinculada ao aumento de peso. A comunidade científica também associa a falta de sono à obesidade e ao diabetes.


Segundo estudo realizado em 2015 por pesquisadores no Catar, dormir pouco aumenta o apetite e a resistência à insulina. Dormir bem, afirma a Sociedade Real de Saúde Pública da Espanha, é "essencial para a regulação do metabolismo, sobretudo em crianças, e há evidências da relação entre horas de sono e incidência de obesidade infantil".
Em resumo, a orientação é "se dormir bem comerá melhor".

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2. Saúde mental afetada
Dormir pouco tem relação com uma variedade de transtornos físicos, mentais e de comportamento. "A saúde mental é uma questão particular e, de certo modo, é um círculo vicioso: se tem problemas mentais, dorme pouco, e vice-versa. E se sente cada vez pior."


Para Cramer, buscar ajuda psicológica é "vital" nesses casos. O conselho dela para casos de insônia é buscar tratamentos com medicamentos específicos ou terapia comportamental, que demonstra, diz, ser "altamente eficaz".

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Segundo a organização espanhola Instituto de Medicina do Sono, a falta de sono está associada a problemas psicológicos, depressão e ansiedade.

3. Risco de acidentes

A possibilidade de sofrer acidentes cresce com a ausência de sono. "Um em cada cinco acidentes tem a ver com a falta de sono", afirma Cramer.


Segundo o órgão de segurança de estradas dos EUA (NHTSA, na sigla em inglês), 40 mil pessoas se ferem por ano no país por problemas relacionados à falta de sono, e 1.550 pessoas morrem nesses tipos de acidentes.

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Estudo da Harvard Medical School já apontou que 250 mil condutores dormem ao volante por dia nos EUA. Mas o perigo não está somente nas ruas, diz Cramer, que cita o risco de acidentes domésticos. "Dormir pouco põe em risco nossa saúde em muitos aspectos."


4. Menor rendimento físico
Dormir bem é importante para ter energia durante o dia.
Trata-se, de fato, de um aspecto fundamental para o funcionamento de nosso cotidiano, apontam especialistas.


Atletas profissionais podem dormir pouco e ainda assim apresentar bom rendimento, mas é fundamental descansar por tempo suficiente após a prática de exercícios.


"O processo de regeneração de tecidos cerebrais e físicos ocorre à noite. Se não há descanso não há recuperação correta, e isso afeta o rendimento físico e intelectual", diz Madrid Mateu, coordenador de educação física.


Além disso, praticar exercícios físicos estimula um sono melhor, daí a combinação perfeita entre as atividades.


5. Limitação cognitiva
"Sabemos que a falta de sono ou má qualidade do sono tem grande impacto negativo na saúde, em curto e longo prazo", afirmam especialistas da WASM. Os efeitos impactam a capacidade de atenção, a recuperação da memória e a aprendizagem.


"Deveríamos entender o sono do mesmo modo que entendemos outras coisas que beneficiam nossa saúde, como boa dieta e atividade física", lembra Cramer. Para a pesquisadora, o ato de dormir bem muitas vezes é subestimado, mas é algo que deveria preocupar a todos. "É uma questão de saúde pública."

(com informações do site BBC)


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