A obesidade é um problema de saúde publica e afeta adultos e crianças. Acesso aos alimentos industrializados, falta de tempo para fazer as refeições corretamente e o sedentarismo são alguns dos motivos que fazem os ponteiros da balança subirem.
Dieta balanceada associada aos exercícios físicos regulares são as ações recomendadas para eliminar os quilos extras e adquirir qualidade de vida. Porém, muitos optam por se arriscar a engordar para fazer a operação de redução de estômago.
"É cada vez mais comum pacientes que ignoram os perigos de um procedimento cirúrgico como hemorragia, infecção, formação de coágulos e até a morte", alerta o cirurgião do Hospital Bandeirantes, Dr. Denis Pajecki.
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De acordo com o especialista, a pessoa está acima do peso e engorda mais para se enquadrar em obeso mórbido e fazer a operação de graça, mesmo tendo condições financeiras para arcar com as despesas. "Com isso, desenvolve diabetes, hipertensão e doenças do coração", comenta Dr. Pajecki.
A cirurgia de redução de estômago é uma forma de perder peso e é indicada para pessoas que estão com obesidade mórbida e que há dois anos têm o mesmo peso ou não param de engordar.
O procedimento cirúrgico não significa permanecer magro para o resto da vida, pois sem uma reeducação alimentar, o organismo se adapta a nova condição e a obesidade volta.
"Esta conscientização deve ser feita antes da cirurgia, pois no pós-operatório, a ingestão de comida é muito regrada. Para se ter uma idéia nos primeiros dias, a alimentação se resume a líquidos (sopa) e em medidas pequenas que caibam em uma xícara de café", explica o cirurgião do Hospital Bandeirantes.
Segundo o médico, se a pessoa não fizer uma reeducação alimentar, o pós-operatório é muito sofrido e pode ser perigoso. O especialista cita o exemplo do playboy Chiquinho Scarpa, que desobedeceu à orientação médica, consumiu mais líquido do que o estômago suportava e voltou para o hospital com complicações.
"Não vale a pena engordar para fazer a operação de redução de estômago. É perigoso para a saúde, além de não ser garantia de corpo esbelto a vida inteira. Reeducação alimentar e exercícios ainda são a solução para o problema da obesidade", conclui o cirurgião Dr Denis Pajecki, do Hospital Bandeirantes.