Corpo & Mente

Entenda o adenocarcinoma, câncer de pulmão de Ana Maria Braga

28 jan 2020 às 08:43

Ana Maria Braga, da TV Globo, afirmou, nesta segunda (27), estar com câncer de pulmão, pela terceira vez, e que se trata com imunoterapia e quimioterapia. A recorrência nesse tipo de câncer não é incomum.

"Eu tive dois pequenos cânceres de pulmão no passado Um foi operado e o outro foi tratado com radiocirurgia. Agora infelizmente eu fui diagnosticada com outro câncer de pulmão, é um adenocarcinoma, semelhante aos outros, mas que é mais agressivo e não é passível de cirurgia ou de radioterapia", disse a apresentadora durante seu programa matinal.


Carlos Henrique Teixeira, coordenador da oncologia torácica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, afirma que a agressividade de cânceres de pulmão faz com que seja comum a recorrência, mesmo com tratamentos anteriores de sucesso. Por isso, é necessário manter um acompanhamento dos pacientes.


O câncer de pulmão está em segundo lugar no ranking dos cânceres brasileiros e está em primeiro no mundo em incidência e mortalidade, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).


O adenocarcinoma, subtipo da doença que atinge a apresentadora, representa cerca de 40% dos cânceres de pulmão, de acordo com o Instituto Oncoguia. A doença atinge mulheres em uma proporção um pouco superior aos homens.


Entre os sintomas do câncer de pulmão estão tosse, perda de peso, falta de ar, dor torácica, rouquidão, tosse com sangue e falta de apetite.


Costuma haver uma relação íntima entre câncer de pulmão e tabagismo. "O cigarro pode aumentar em até 20 vezes a chance de câncer", diz Teixeira. "Os pacientes que, após o diagnóstico do câncer, continuam fumando ainda aumentam a chance de recorrência."


Também pode haver componentes genéticos no câncer de pulmão. Nesses casos, é possível optar pelas chamadas terapias-alvo, que são direcionadas especificamente para a mutação genética que provoca o câncer.


Ana Maria Braga, em seu programa, afirmou que está fazendo tratamento combinado de quimioterapia e imunoterapia. A combinação é que se tem de melhor atualmente no combate ao tipo de câncer enfrentado pela apresentadora.


A ideia da imunoterapia é, basicamente, ativar com maior intensidade o sistema imunológico do paciente para que ele mesmo identifique e combata o câncer. A terapia ainda tem preços elevados, mas os resultados para diversos tipos de câncer são animadores.


Um dos pontos positivos, segundo Teixeira, são os menores efeitos colaterais, o que permite um tratamento mais prolongado.

O especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz enfatiza que o diagnóstico precoce ajuda em melhores prognósticos para o tratamento. Por isso, pacientes que fumaram um maço por dia pelo menos 20 anos e que tenham entre 55 e 74 anos devem ter acompanhamento e podem fazer exames de rastreamento.


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