Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Pesquisa brasileira

Estudo associa enfarte à falta de perdão

Paula Felix - Agência Estado
23 jun 2019 às 12:05

Compartilhar notícia

- Shutterstock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

É comum ouvirmos que o perdão evita o aparecimento de doenças. Mas será que a crença tem respaldo científico? Pesquisa brasileira apresentada na semana passada no 40.º Congresso da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo) apontou uma relação entre dificuldade de perdoar e a ocorrência de enfarte agudo do miocárdio.

"O mundo ocidental se refere ao coração como o centro das emoções", afirma a psicanalista Suzana Avezum, que tem 36 anos de carreira.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Depois de ter visto na prática os benefícios do perdão para a saúde emocional, Suzana partiu para a pesquisa. De 2016 a 2018, se debruçou no tema, em um mestrado na Universidade Santo Amaro, e focou no risco de desenvolver doenças cardiovasculares.

Leia mais:

Imagem de destaque
Conheça o MusicalMente

Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional

Imagem de destaque
No União da Vitória

Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul

Imagem de destaque
Foco e disciplina

'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento

Imagem de destaque
Câncer e outras doenças

Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória


No estudo, 130 pacientes responderam a dois questionários elaborados pela psicanalista - um para avaliar a disposição para o perdão e outro sobre espiritualidade e religiosidade - algo que, segundo Suzana, interfere na disposição para perdoar. "Encontrei mais ocorrência de enfarte entre aqueles que têm dificuldade do perdão", afirma a pesquisadora.

Publicidade


A pesquisa também avaliou os efeitos da espiritualidade. "Não foi avaliada nenhuma religião específica, pois, o que seria dos ateus? Tem pessoas que não acreditam em religião alguma e são mais espiritualizadas do que as que têm uma religiosidade rígida", diz.


O estudo mostrou que, entre quem enfartou, 31% afirmaram ter tido perda significativa da fé. Entre quem não teve, o índice foi de 9%.


O empresário Adailton José Gedra, de 59 anos, sofreu um enfarte e um AVC nos últimos 15 anos. Além do estresse do trabalho e de hábitos que favorecem o aparecimento de doenças cardiovasculares, como fumar, ele associa os eventos a mágoas que carregou ao longo dos anos. "A fábrica quebrou quatro vezes e isso causou um grande estresse. Depois, ajudei algumas pessoas que, quando menos esperava, me apunhalaram pelas costas. Fiquei aborrecido e magoado. Mas, hoje, de coração, penso na minha saúde."

Há um ano e meio, a professora Luciana Saad, de 42 anos, chegou a apresentar taquicardia e descobriu no perdão e na espiritualidade uma forma de melhorar. "Fiz um tratamento espiritual e passei a me policiar mais e a não guardar mágoa. Vi que só fazia mal para mim mesma." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo