A clínica MP Diagnósticos promove um encontro com médicos especialistas para discutir a doença de Parkinson e outras que se parecem com a patologia em Londrina. A reunião acontecerá na próxima quinta-feira, dia 10 de abril, no anfiteatro do Hospital Evangélico, às 20h30 horas, e terá a presença do neurologista Lúcio Baena de Melo, coordenador do ambulatório da doença de Parkinson da Universidade Estadual de Londrina (UEL), do neurocirurgião Marcos Antônio Dias, especialista em neurocirurgia funcional, e do radiologista Guilherme Zwicker.
O evento antecipa o Dia Mundial da Doença de Parkinson, realizado anualmente no dia 11 de abril para alertar sobre a doença. O encontro é aberto a estudantes e profissionais da área de saúde.
De acordo com Baena, a prevalência média da doença de Parkinson na população é de 150 casos por 100 mil habitantes. Mais comum em pessoas acima de 50 anos, apresenta como sintomas principais o tremor, a lentidão dos movimentos e a rigidez. Apesar de ter uma influência genética, a maioria dos casos é esporádica, ou seja, aparece mesmo naqueles que não possuem diagnósticos anteriores na família.
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"É uma doença degenerativa e que não tem cura, mas o tratamento garante uma boa qualidade de vida por até dez anos após os primeiros sintomas. Depois deste período, o tratamento é mais complicado, porém possível", informa.
Especialista na área neurológica, Guilherme Zwicker destaca que o papel dos exames por imagem, como tomografia e ressonância magnética, nas síndromes parkinsonianas, é o de excluir outras causas que podem confundir o diagnóstico, como exemplo, a atrofia de múltiplos sistemas. E ainda pode sugerir superposição de doenças de outra natureza, como algum tipo de demência. "Os exames também ajudam a direcionar intervenções cirúrgicas, como é o caso da neuroestimulação cerebral, procedimento que só pode ser realizado por meio de detalhamento muito fino da anatomia como o que a ressonância permite", destaca Zwicker.
O neurocirurgião Marcos Antônio Dias abordará no evento o tratamento cirúrgico para Doença de Parkinson através da estimulação cerebral profunda por eletrodos. "A indicação do procedimento depende de cada paciente, após análise de grupo multidisciplinar. Em geral, utiliza-se a cirurgia quando os medicamentos não fazem mais efeito", explica, lembrando que o diagnóstico precoce é fundamental para garantir um tratamento mais eficiente aos pacientes.
SERVIÇO:
Encontro sobre Doença de Parkinson
Onde: Anfiteatro do Hospital Evangélico
Quando: 10 de abril
Horário: 20h30