Quem nunca pensou em mudar algo na aparência? O desejo pela ‘forma ideal’ leva pessoas de diferentes partes do mundo às salas de cirurgia, para reparar algum aspecto ‘incômodo’ no corpo, mudar algo na aparência, ou até mesmo passar por uma ‘transformação’.
Em segundo lugar no ranking de Cirurgia Plástica, o Brasil realiza aproximadamente 1,6 milhão de procedimentos cirúrgicos anualmente, segundo dados divulgados em 2009 pela Sociedade Internacional de Cirurgiões Plásticos Estéticos (ISAPS). Na maioria dos casos a procura ocorre para mudar a aparência, e seguir um ‘padrão de beleza’ presente no cotidiano das pessoas.
"A Cirurgia Plástica pode ser algo muito bom, mas em contrapartida é importante que o médico diga ao seu cliente a hora de parar. O paciente não conhece a causa e efeito dos procedimentos, por isso o cirurgião deve compartilhar seu conhecimento como profissional para que o paciente entenda que tal conduta pode não ter o resultado esperado", diz o especialista em cirurgia plástica Gustavo Tilmann.
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Inúmeros casos já repercutiram na mídia pelo exagero nas cirurgias. A busca pela perfeição atravessa o limite psicológico de muitas pessoas que buscam através da cirurgia atingir a ‘forma perfeita’, o padrão de beleza mundial. Pessoas que adquirem um "vício" em Cirurgia Plástica e acabam com a aparência deformada; "o desejo da perfeição vai além; muitas dessas pessoas não conseguem nem perceber o exagero. Daí o papel do médico ao informar e ter critérios ao entrar numa cirurgia", completa o especialista.
Tilmann ainda acrescenta que "em muitas clínicas acontecem situações onde o paciente pede para ter o nariz, a boca, o corpo de alguma celebridade, mas não compreendem que a cirurgia deve ser analisada no conjunto da pessoa, ou seja, aquilo que é bonito em uma pode não ser bonito em outra".