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Fisioterapia em casos oncológicos melhora qualidade de vida do paciente

David Camargo - Redação Bonde
03 jun 2015 às 14:55

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A fisioterapia em oncologia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), tem como objetivo "preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico". Busca também a prevenção de complicações e a melhora da qualidade de vida dos pacientes, auxiliando no cuidado e manutenção dos efeitos causados pelos métodos utilizados no tratamento do câncer.

"O fisioterapeuta oncológico deve ser capaz de lidar com pacientes de todas as idades, já que o câncer acomete o indivíduo em qualquer momento da vida", afirma a fisioterapeuta Laís Vidotto,

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Tratamento do câncer

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"O tratamento vai depender muito do quadro clínico, do diagnóstico médico e do tratamento utilizado para combater a doença. Os principais tratamentos utilizados são quimioterapia, radioterapia, cirurgia, entre outros. Todos esses tipos de tratamento trazem efeitos indesejáveis, e é principalmente nesse ponto que a fisioterapia entra", explica a fisioterapeuta.

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Efeitos Colaterais


Alguns dos efeitos indesejáveis decorrentes dos diferentes métodos utilizados para tratar o câncer são fibrose, edema, complicações respiratórias, complicações pós-cirúrgicas, alterações sensitivas, dor e fraturas.

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Pacientes Terminais


Alguns exemplos podem ajudar a compreender um pouco do papel do fisioterapeuta em oncologia: em um quadro terminal, a fisioterapia pode atuar na prevenção de complicações pulmonares e decorrentes da síndrome do imobilismo (complicações decorrentes do fato de estar em repouso por um período prolongado). "É possível a intervenção fisioterapêutica para amenizar sintomas respiratórios, assim como na manutenção do quadro álgico (dor)", detalha Laís.

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Tratamento e reabilitação


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Em casos menos graves, é possível fazer um tratamento focado na reabilitação, com ganho de independência em atividades da vida diária. Por outro lado, em casos mais avançados, a fisioterapia consegue atuar, porém espera-se menores resultados.

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Um bom exemplo seria o de pacientes oncológicos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesse caso, o fisioterapeuta deve ter o conhecimento básico necessário para o atendimento de qualquer paciente que esteja acamado, mas também deve ter conhecimento amplo dos tipos de diagnósticos oncológicos para poder estabelecer um diagnóstico fisioterapêutico e traçar objetivos, condutas e um prognóstico adequado. Em outras palavras, se há um tipo de câncer pulmonar avançado, o fisioterapeuta não deve esperar, por exemplo, a melhora completa do quadro de dispneia (ou "falta de ar").


Da mesma forma, se há um quadro de Osteossarcoma avançado (Tumor ósseo), muitas vezes não é possível alcançar independência e funcionalidade. Porém, muitas vezes a fisioterapia consegue adaptar uma órtese ou prótese, de forma que o paciente tenha melhor qualidade de vida.

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Outro exemplo ainda seria um caso de câncer avançado de vias aéreas superiores. Se houver necessidade de entubação do um paciente (auxilio de uma máquina para respirar), o fisioterapeuta deve ter conhecimento suficiente sobre a técnica correta de entubação difícil, fornecendo auxílio adequado à equipe e, dependendo do caso, avaliar a necessidade de sugerir uma alternativa mais viável, que poderia ser a traqueostomia.


Outros tratamentos e Orientações ao cuidador


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Outras abordagens do fisioterapeuta em oncologia seriam a orientação ao paciente e ao cuidador, alívio da dor por meio de massagem, eletrotermoterapia, cinesioterapia, acupuntura, reabilitação em pacientes amputados, entre outros, recomenda Laís.

A fisioterapeuta lembra que, nesse sentido, a abordagem do profissional deve ser sempre individualizada e, portanto, direcionada especificamente ao quadro clínico encontrado. Além disso, diante da ampla gama de diagnósticos oncológicos, torna-se extremamente importante que o fisioterapeuta mantenha seus conhecimentos atualizados e reserve tempo para o estudo de cada caso.


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