A cantora baiana Cláudia Leitte, que recentemente anunciou sua terceira gravidez, já declarou que não pretende abandonar os trios elétricos neste carnaval. Essa afirmação trouxe à tona uma dúvida: pular carnaval pode prejudicar a saúde do bebê e da gestante?
De acordo com Karine Gavioli, ginecologista do Grupo São Cristóvão Saúde, isso depende de cada caso e, principalmente, do estágio da gravidez. Confira, a seguir, as dicas da especialista para que as gestantes possam aproveitar a folia de forma saudável:
Estágios da gravidez
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Como cada gravidez tem suas particularidades, é importante consultar o médico que está acompanhando todo o período gestacional antes de cair na folia. A ginecologista explica que, a cada três meses, o desenvolvimento do bebê alcança um novo estágio, fazendo com que os riscos e as recomendações sejam diferentes.
Primeiro trimestre: é o comecinho da gravidez. Nessa fase, o feto está começando a se formar, portanto, é importante evitar a inalação de fumaças tóxicas, a ingestão de bebidas alcoólicas e a utilização de química no cabelo. O apoio de pessoas próximas à gestante é essencial nessa fase, porque costuma ser um período de muitas dúvidas e de adaptação à presença de outro ser dentro de si.
Segundo trimestre: o corpo já começa a passar por alterações mais visíveis e a presença do bebê já pode ser notada. Nesse período, as grávidas ainda costumam se sentir bem dispostas, por isso, é necessário ter atenção para não exagerar nas atividades físicas e evitar grandes impactos para o bebê, buscando locais livres e com ventilação.
Terceiro trimestre: o final da gravidez é um período de grande cansaço e ansiedade. O corpo da mulher passa por mudanças significativas e isso pode causar um desconforto com a própria imagem, além da dificuldade de encontrar uma posição confortável para dormir. É recomendado que permaneçam em locais seguros onde há a possibilidade de sentar e se refrescar a qualquer momento.
Cuidados especiais
O carnaval é uma época de alegria e alto astral, o que podem fazer bem para a saúde emocional da gestante, que passa por vários períodos de mudança, adaptações, desconfortos e dúvidas. Se liberada pelo médico, a folia pode contribuir para elevara autoestima da mulher e reforçar suas relações interpessoais. Assim, com a saúde mental em dia, é importante também não descuidar da saúde física.
Da mesma forma como é necessário cuidar da saúde mental, a saúde física não pode ficar de lado. "É fundamental beber bastante água e se alimentar com frutas e verduras, que são alimentos leves e facilmente digeridos, evitando alimentos gordurosos", afirma a médica. Além desses cuidados básicos, Gavioli ainda dá outras dicas para evitar desconfortos durante a festa:
Usar roupas leves, como vestidos soltinhos;
Preferir sapatos sem salto, como sandálias e sapatilhas;
Usar fantasias frescas e soltas;
Optar por locais bem ventilados;
Alternar entre períodos de descanso e curtição.
Situações a serem evitadas
A ginecologista frisa que a realização de grandes esforços físico e a falta de momentos de descanso podem aumentar o risco de trabalho de parto prematuro nas gestantes com menos de 37 semanas, e estimular o trabalho de parto nas gestantes com mais de 37 semanas. "Uma dica para as foliãs inveteradas é curtir o carnaval em locais de fácil acesso a hospitais, com responsabilidade e atenção aos sinais de alerta orientados pelo médico do pré-natal", sugere.