Nas últimas décadas, a mulher vem assumindo posições de maior destaque na sociedade. Mesmo com duplas ou triplas jornadas, grande parte ainda busca o sonho de ser mãe. Porém, fatores como uma alimentação inadequada e a prática excessiva de exercícios físicos podem diminuir as chances de engravidar, e é preciso tomar certos cuidados.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Reprodução Assistida (Ibrra), a obesidade aumenta em 30% as chances de infertilidade. Nesse grupo de pessoas, cerca de 12% delas só poderão ter filhos com a ajuda da medicina reprodutiva. "As causas da obesidade estão ligadas ao alto consumo energético, ou seja, às 'escolhas' saudáveis ou não do indivíduo. Dentre elas, estão o excesso de gorduras saturadas e trans, o consumo de muito sal e pouca atividade física", explica Carolina Godoy, nutricionista do Instituto Minha Escolha.
É importante que a mulher observe seu ciclo menstrual para que saiba se seu peso está interferindo na obtenção de uma gravidez. Alterações às vezes pouco evidentes no ciclo devem ser avaliadas pelo médico e podem estar relacionadas ao peso. Segundo a endocrinologista da SBEM, Ruth Clapauch, tanto a obesidade quanto a magreza demasiada podem comprometer a fertilidade. A obesidade pode estar ligada à 'síndrome dos ovários policísticos', distúrbio hormonal que altera a ovulação. "No caso da magreza excessiva, pode ocorrer uma baixa produção de estrógenos, os principais hormônios femininos, causando irregularidades na menstruação e na fertilidade" diz a doutora.
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A especialista também afirma que distúrbios alimentares como a anorexia nervosa, a compulsão e a bulimia podem comprometer a menstruação e aumentar os riscos de abortamento. Tal fato é mais comum em adolescentes e adultas jovens, que sofrem alterações hormonais frequentes.
Certos hábitos devem ser evitados para que a mulher garanta sua saúde reprodutiva, tais como: o consumo excessivo de álcool, cafeína e alimentos ricos em gordura trans. Além disso, o uso do cigarro prejudica a ovulação, a concepção, antecipa a menopausa, e dá mais propensão ao aborto espontâneo.
A nutricionista da Equilibrium Consultoria, Lara Siqueira, explica que existem vitaminas que contribuem para a saúde do sistema reprodutivo e, consequentemente, para a fertilidade feminina. A família das vitaminas do complexo B é importante para um sistema reprodutor saudável e desempenha um papel essencial no desenvolvimento fetal. "É importante que a mulher, em fase de planejamento da gravidez, já inicie a suplementação com ácido fólico (B9) e mantenha ao longo do primeiro trimestre. Essa vitamina do complexo B previne más formações no tubo neural", recomenda (com Sintonia Comunicação Empresarial).