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Fim do incômodo

Hiper-hidrose: excesso de suor pode ser tratado com medicamentos e cirurgia

Redação Bonde com assessoria de imprensa
10 abr 2014 às 16:42

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- Divulgação
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A hiper-hidrose é uma doença caracterizada pela sudorese excessiva, e pode se manifestar em uma ou mais áreas, como palma das mãos, rosto, cabeça, sola dos pés, virilha e axila, sendo esta a região mais afetada. A doença ainda é pouco conhecida como um problema tratável podendo ter um impacto profundo na vida do paciente, em casos extremos leva ao isolamento social e à depressão. Embora a hiper-hidrose atinja 1% da população mundial, existem diversas possibilidades de tratamento, como injeções de toxina botulínica, iontoforese, dermocosméticos antitranspirantes e medicamentos orais.

Para a dermatologista Daniela Schmidt Pimentel, médica assistente e colaboradora do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, em São Paulo, é comum que os pacientes procurem soluções alternativas antes de procurar ajuda médica. "Somente quem é portador deste distúrbio, pode mensurar o grau deste incômodo e a maioria dos pacientes percorrem um longo caminho antes de procurar um especialista".

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Glândulas sudoríparas

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Exercer atividades que exigem esforço físico ou expor-se ao ar livre em dias de calor intenso pode levar ao aumento da transpiração. As emoções também podem contribuir para gerar suor. Este suor é uma condição normal e leva o corpo a eliminar fluídos, mantendo a temperatura corporal estabilizada.

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Para que este sistema funcione de maneira equilibrada é necessário que as glândulas apócrinas e as écrinas, localizadas na pele, atuem em harmonia. As glândulas sudoríparas apócrinas têm um papel menor na termorregulação (regulação da temperatura corporal), estão associadas ao folículo piloso e não estão envolvidas no processo de hiper-hidrose. A hipersecreção das glândulas écrinas é que causa as alterações na transpiração, pois estão uniformemente espalhadas sobre a pele, e têm importante papel na temperatura corporal. Existem de dois a cinco milhões de glândulas écrinas distribuídas por todo o corpo e é o excesso de sua secreção que causa a hiper-hidrose.


Tipos de hiper-hidrose

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A hiper-hidrose é dividida em dois tipos: primária e secundária. A primária não tem causa conhecida, mas está ligada a fatores genéticos. As pessoas nascem com a tendência a desenvolver o problema, que pode se manifestar logo nos primeiros anos de vida, ou em qualquer fase posterior.


A hiper-hidrose secundária está associada a fatores como obesidade, menopausa, uso de drogas antidepressivas, alterações endócrinas e/ou neurológicas com disfunção do sistema nervoso. "Quando a hiper-hidrose se manifesta em crianças, deve-se investigar possíveis distúrbios hormonais, avaliar a idade óssea e realizar exame clínico completo para detectar a origem. Com base nestas informações será prescrito o tratamento ideal para este tipo de paciente", relata a dermatologista.

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Opções de tratamentos


A indicação do melhor tratamento só poderá ser feita após avaliação do tipo de hiper-hidrose que acomete o paciente. De acordo com a Dra. Daniela, os tratamentos vão desde o uso de medicamentos tópicos, aplicação de toxina botulínica até procedimento cirúrgico.

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"Na verdade, não existem medicamentos específicos para o tratamento do excesso de suor. Podem ser utilizados medicamentos anticolinérgicos e/ou anticolinesterásicos, como por exemplo, o cloridrato de oxibutinina, tem ação sobre sistema nervoso e, por isso, só podem ser prescritos por médicos. Esses medicamentos podem provocar efeitos adversos, como boca seca, dificuldade de deglutir, mastigar ou engolir, além de retenção urinária e constipação. Também não podem ser usados por quem tem glaucoma", explica.


Apesar de desagradável, a hiper-hidrose é uma afecção benigna e qualquer procedimento que envolva risco desproporcional ao problema deve ser descartado como forma de tratamento. Por isso, a toxina botulínica tem sido amplamente difundida e aplicada como uma alternativa segura, abrangente e simples para o controle da sudorese excessiva.

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"As aplicações de toxina botulínica são uma ótima opção de tratamento. O mecanismo de ação se baseia no bloqueio da transmissão bioquímica da mensagem dos nervos para a glândula de suor. Esse bloqueio é localizado e específico na substância acetilcolina e pode ser feito em várias áreas, como axila, mãos, pés e face. A aplicação é feita no próprio consultório, sem necessidade de internação, com anestésicos tópicos e resfriamento da área, se necessário. A ação se inicia poucos dias após a aplicação e a duração é de seis a 12 meses, dependendo de cada indivíduo, quando a aplicação poderá ser repetida. O que se tem observado é que os pacientes que fazem a aplicação da toxina apresentam maior duração do efeito, com intervalos maiores entre as sessões e menor quantidade de suor. É importante ressaltar que este é um método seguro, porém deve ser realizado somente por médicos especialistas com experiência nesta técnica", descreve a especialista.


Procedimentos cirúrgicos


Existem opções de tratamentos cirúrgicos que são indicados nos casos mais graves, como a simpatectomia via endoscópica ou a curetagem das glândulas de suor. A simpatectomia é feita no centro cirúrgico com anestesia geral, pelo cirurgião torácico, e consiste em remover, cauterizar, cortar ou interromper as ramificações do sistema nervoso simpático que estimula as glândulas sudoríparas. "Esse é um tratamento definitivo. Como em todas as cirurgias, existem possibilidades de efeitos adversos e complicações, como sangramentos, infecções, lesão de órgãos internos do corpo e necessidade de colocar dreno. A complicação mais frequente é a hiper-hidrose compensatória, que é o aumento do suor em outra parte do corpo, que ocorre de maneira moderada em 50% dos casos e de maneira intensa em 0,5% dos casos, sendo mais comum no tórax e no abdome. Geralmente é persistente", alerta a dermatologista.

A curetagem é outro tipo de tratamento cirúrgico indicado apenas nas hiper-hidroses axilares, que consiste na raspagem das glândulas de suor. Sua eficácia é em torno de 80% e apresenta poucos efeitos adversos, o paciente volta para casa no mesmo dia e retorna às suas atividades diárias em 24 horas, precisando evitar apenas a elevação dos braços e movimentos mais intensos. Em relação à cicatriz, ela é discreta e fica escondida na axila. "Esse procedimento pode ser feito em clínicas ou em hospitais com anestesia local e sedação, e há relatos de recidiva em 30%, porém com menor intensidade do suor, podendo repetir a cirurgia nesses casos", finaliza a médica.


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